sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Banda Larga popular terá conexão de 512 kbps a R$ 35,00

A banda larga popular está chegando. Pelo menos foi isso que o novo Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, quis deixar explícito durante a reunião realizada nesta terça-feira (11/01) com os provedores de internet banda larga nacionais. O Ministro anunciou que o custo da internet fornecida pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) deverá ter o valor de referência de R$ 35,00 mensais, pela velocidade mínima de 512 Kbps.

Uma das idéias do governo é criar uma linha de crédito especial no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), onde as empresas regionais de internet teriam empréstimos facilitados para investir em infra-estrutura e oferecer o acesso à web com custos mais baixos.

A PNBL tem como objetivo levar a internet popular para mais de mil cidades brasileiras até o final de 2011, utilizando 30 mil quilômetros de fibra ótica da rede da Telebrás, além de utilizar os recursos de outras estatais.

Um detalhe importante levantado por Bernardo é o valor médio pago pelo brasileiro pelo acesso à internet, que seria de R$ 60,00. Fica a dúvida em saber quais foram as bases para essa análise, já que em muitos estados brasileiros (principalmente no norte e nordeste), o acesso à web é, no mínimo, o dobro desse valor. Outro detalhe que não fica muito claro é a velocidade analisada pelo governo neste levantamento.

Sobre os motivos pelos quais a internet é tão cara no Brasil, Bernardo informa que os principais são os impostos aplicados e a burocracia, que se refletem em altos preços pelo tráfego de dados. Além disso, o Ministro também informou que solicitou aos provedores de internet as suas planilhas de custo, além de suas reivindicações para o setor. Esses dados serão inseridos na discussão de implementação do Plano Nacional de Banda Larga.

Um dos principais problemas que o governo deverá administrar é a reclamação dos provedores quanto às diferenças de preços cobrados pelas companhias de energia elétrica para utilizar os postes de rede de distribuição.

Porém, ainda ficam algumas perguntas: Será que o plano ficará apenas na velocidade mínima, não tendo nenhuma perspectiva de aumentar? Afinal, em outros países, 512 Kbps não é nem mais considerado "banda larga", dada a limitação de velocidade criada. E como será a qualidade do serviço oferecido? Os clientes terão limitação da velocidade de dados, como é feito hoje em dia pelas operadoras? Fica registrado o desejo de que estas perguntas sejam respondidas nos próximos meses. 

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