sexta-feira, 25 de março de 2011

Novos números de celulares em São Paulo poderão iniciar com dígito 5

Novos números de celulares de São Paulo poderão ser iniciados com o dígito 5, prefixo até então reservado para a telefonia fixa. A norma passa a valer a partir de 4 de abril para as operadoras de telefonia móvel na região metropolitana de São Paulo, que poderão comercializar novas linhas com prefixos iniciados pelo dígito 5, conforme nota divulgada há pouco pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A medida, segundo a agência, tem como finalidade aumentar a capacidade de numeração da telefonia móvel nessa região com o acréscimo de 6,9 milhões de novos números ao serviço móvel na área 11.

Atualmente, a capacidade de numeração do serviço móvel nessa região é de 37 milhões. Com a adição dos prefixos iniciados pelo dígito 5, essa capacidade de números disponíveis aumentará para 43,9 milhões. Em janeiro de 2011, a área 11 possuía mais de 28 milhões de assinantes na telefonia móvel, segundo a Anatel.

Funcionará da seguinte forma: os números iniciados pelo dígito 5, hoje adotada para telefones fixos, será compartilhada com telefones móveis. Quando o usuário efetuar uma chamada para um celular que comece com o dígito 5, as operadoras deverão informar se é uma ligação para telefone móvel por meio da mensagem "chamada para celular". Segundo a Anatel, essa norma perdurará até que seja implementada a ampliação em um dígito no número dos telefones celulares, prevista para acontecer até o final de 2012.

LinkedIn cria página com vagas de trabalho para recém-formados

A rede social LinkedIn, especializada em networking profissional, lançou nesta semana uma página especial voltada para jovens que estão em busca de emprego. Recém-formados ou estudantes prestes a se formar podem checar no endereço "Jobs for Students and Recent Graduates" as oportunidades voltadas para o perfil e área de atuação do candidato, atualizadas em tempo real.
As vagas em grandes companhias ao redor do mundo são recomendadas pelo LinkedIn segundo o nível educacional e os interesses do usuário, na página inicial ou por alertas via e-mail. 

Segundo o anúncio no blog, a rede social também está em busca de organizações do terceiro setor para incluir entre as oportunidades de emprego, "dado o crescimento de importância do trabalho em serviço público hoje no mundo". A iniciativa não é isolada, uma vez que as organizações não-governamentais sem fins lucrativos estão entre os empregadores ideais para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho.

Usando o LinkedIn

Os brasileiros formam a nacionalidade que cresce mais rapidamente na rede social, com 428% novos usuários somente no ano passado, segundo dados divulgados pelo LinkedIn na terça-feira (22). Os 3 milhões de pessoas no país que usam o LinkedIn no Brasil fazem parte de uma rede que inclui 100 milhões de pessoas no mundo, incluindo executivos de 73 das 100 empresas listadas entre as melhores para se trabalhar da Fortune

Cartão pré-pago para viagem vira coqueluxe das bandeiras

De olho nos crescentes gastos de brasileiros no exterior, os cartões de viagem pré-pagos estão virando objetivo de desejo das grandes administradoras internacionais.

Nesta semana, MasterCard e American Express estrearam no setor no Brasil. A Visa vê o produto como um dos principais vetores de crescimento no país.

A estratégia tem embutida a aposta de que o câmbio vai seguir valorizado por um bom tempo, acirrando movimentos que já vêm em forte ascensão nos últimos anos, como a primeira viagem de brasileiros ao exterior e estudantes do país fazendo intercâmbio internacional.

"Mantida essa política cambial, a quantidade de brasileiros viajando para fora vai continuar crescendo", disse à Reuters o diretor-executivo de produtos da Visa no Brasil, Percival Jatobá.

Segundo números do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram 1,7 bilhão de dólares em janeiro, contra US$ 1,2 bilhão no mesmo período em 2010.

E, devido a traços característicos de mercados emergentes, de baixa bancarização e nos quais parte dos consumidores potenciais receiam usar cartões de crédito convencionais em viagens para evitar compras em excesso, as empresas acreditam que o crescimento do produto deve ser mais acentuado no Brasil e na América Latina.

Além das conveniências de "fechar o câmbio" na hora da compra da moeda estrangeira e de melhorar o gerenciamento dos gastos com o cartão no exterior, argumentos mais utilizados para venda pelos distribuidores, o produto vem recebendo acessórios para aumentar sua atratividade, como chip de segurança, a possibilidade de trabalhar com mais moedas e de recarregar créditos no exterior.

"A pessoa pode adquirir um cartão em dólar e, se viajar para a Europa, poderá realizar o saque em euro", disse o presidente da MasterCard Brasil, Gilberto Caldart.

A MasterCard Brasil fez parceria com a Travelex, maior distribuidora global e cartões pré-pagos em moeda estrangeira.

Embora as pessoas físicas sejam o alvo preferencial dos emissores, eles já descobriram que o interesse de empresas por este tipo de produto também vêm se expandindo.

"(O pré-pago é) uma ótima ferramenta para gerenciar os gastos com viagens ao exterior", disse em nota a vice-presidente das Américas para Produtos Pré-Pagos da American Express, Rose Del Col.

Pré-pago para tudo

A expectativa da MasterCard é de que o mercado de pré-pagos representa atualmente 12 bilhões de dólares em oportunidades na América Latina, incluindo vales-refeição e vales-alimentação. Para 2017, a previsão é de que o valor alcance 81 bilhões de dólares.

Software promete detectar mentiras em entrevista de emprego

A análise de expressões faciais para ler emoções é um tema bastante explorado pela ficção, como na série de TV Lie to me, cujo personagem principal (Cal Lightman) tem a missão de usar seu conhecimento em leitura de microexpressões e linguagem corporal para auxiliar investigações. 

A técnica utilizada por Lightman tem bases reais, na teoria de Facial Action Coding System (FACS, Sistema de Codificação de Ações Faciais), e pode ser utilizada não só em casos policiais e na publicidade, mas até para quem se candidata a uma nova oportunidade de trabalho.

Com base na teoria de que as expressões faciais e gestos traduzem emoções do interlocutor, inclusive se ele está mentindo, o programa de computador Face Reading já é usado por alguns recrutadores em entrevistas de emprego. 

“O programa de reconhecimento facial gera relatórios de acordo com as emoções captadas e o recrutador vai analisar se as emoções relatadas condizem com o que o candidato fala no momento”, explica o empresário Wanderson Castilho, que trouxe o software dos Estados Unidos em julho de 2010. 

A consultoria Employer deve adotar o sistema já no próximo semestre. “Desde o ano passado, já utilizávamos técnicas para detectar mentiras de candidatos mesmo sem o equipamento", diz  Marcos Aurélio Abreu, presidente da empresa.

Como o sistema funciona

Para chegar à análise final das expressões do candidato, primeiro o sistema grava a reação da pessoa diante de perguntas básicas como nome, profissão e idade, para identificar o padrão facial do entrevistado. Quando ele alterar o padrão de expressões faciais diante de perguntas mais relevantes, como a fluência em línguas ou a causa da última demissão, o recrutador poderá avaliar o que a emoção demonstrada diz sobre o candidato. 

De acordo com Abreu, alguns sinais já indicam que os candidatos podem não estar falando a verdade como olhar sempre para baixo, piscar e engolir saliva com mais frequência, ruborizar a orelha, entre outros. “O uso do software, no entanto, deverá identificar com mais precisão esse tipo de comportamento”, diz.

Na Employer, o sistema deve ser utilizado principalmente, segundo Abreu, para cargos de confiança e alta gerência. “Quanto maior o cargo, maior o risco, por isso é indicado ter uma ferramenta a mais para auxiliar o selecionador a avaliar mentiras em perguntas essenciais”, afirma.

Avaliação ou inibição?

Diante da possibilidade do entrevistado ficar constrangido com a gravação das respostas e o sistema de detecção de mentiras, o professor de Gestão em Recursos Humanos da Veris IBTA Cristiano Rosa afirma que a ferramenta é apenas mais uma fase no processo seletivo, assim como outros questionários que apontam o perfil do candidato e pode ser utilizado.

“É claro que técnica não pode ser a única avaliação do comportamento ou o ‘voto de minerva’", ressalva. "Caberá ao recrutador analisar se as emoções são comuns a qualquer entrevistado ou se identifica algum perfil que não é desejado”.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Após 34 anos, O Boticário muda logomarca e adota combinação de cores

Após 34 anos no mercado brasileiro, o Boticário muda comunicação visual e anuncia novo posicionamento, cujo objetivo é fortalecer a marca entre seus consumidores.

A primeira novidade é a mudança na logomarca, que deixa de lado o tradicional verde e passa a ter várias combinações de cores e formas mais modernas. Também passa a adotar a letra B como ícone da marca.

De acordo com Andréa Mota, diretora de marketing e Vendas do Boticário, a novidade é resultado de mais de dois anos de pesquisas realizadas com os consumidores, além de um estudo qualitativo e quantitativo feito com o público feminino especificamente.

As pesquisas revelaram que hoje a consumidora do Boticário tem mais atitude, é mais vibrante e otimista nas suas ações. É uma mulher que se preocupa com a beleza mas sem exageros e que equilibra valores profissionais e pessoais em busca de harmonia.

A diretora explica que mais do que novas formas e cores, a logomarca do Boticário traduz valores e a experiência conquistada nesses 34 anos. Segundo Andréa, a nova logomarca tem a missão de ser sofisticada, atender esse novo perfil das consumidoras, ser mais moderna, sem deixar de lado o valor da marca que se tornou a maior rede de franquias de perfumaria e cosméticos do mundo.

A logomarca foi criada pela Future Brand, que também teve a missão de desenvolver a estratégia do novo posicionamento da marca.

Os primeiros produtos com a nova identidade visual chegam às mais de 3 mil lojas do Boticário no próximo dia 11 de abril. Nos pontos de venda e nos produtos ocorrerá de forma gradual.

Campanha

Além da mudança na comunicação visual, o Boticário também passa a utilizar nova assinatura: “A vida é bonita. Mas pode ser linda”, criada pela AlmapBBDO.

No próximo domingo (27), estreia campanha, que conta com  comercial, anúncios sequenciais para revistas e peças na web. No filme, uma mulher de cerca de 30 anos aparece no quarto arrumando seu armário, quando derruba um envelope, destinado a ela mesma, no futuro. Quando abre, sente uma delicada fragrância e começa a lembrar de fatos marcantes em sua vida até os dias de hoje.

O comercial termina com uma locução em off: "Onde quer que você chegue, chegue linda”. E encerra com a assinatura: “O Boticário. A vida é bonita, mas pode ser linda”.

A campanha teve investimento de R$ 40 milhões.

Grupo Petrópolis lança vodca Blue Spirit Unique

O Grupo Petrópolis, que produz entre outras marcas as cervejas Itaipava e Crystal, está entrando no mercado premium de destilados com a vodca Blue Spirit Unique.

Com a assinatura "Unique Experience", a bebida será vendida inicialmente nos mercados do Rio de Janeiro e de São Paulo, e concorrerá diretamente com a marca sueca Absolut, que hoje detém em torno de 70% do mercado de vodcas premium no Brasil.

Entre as opções de venda, estão garrafas de um litro, caixas com seis garrafas e kit contendo uma garrafa e dois copos. O preço médio está estimado em R$ 55,00 por garrafa.

Além da vodca, o grupo terá também uma versão Ice da marca Blue Spirit, misturada com limão, em latas de 269 ml. Dentro de cerca de dois meses, a bebida chegará ao mercado também na versão long neck. 

Assim como a vodca em garrafa, o Ice será comercializado em bares, restaurantes, casas noturnas, delicatessens, empórios de alto padrão, lojas de conveniências, Duty Free e grandes redes de distribuição. O preço médio estimado está em R$ 3,00 a lata.

A campanha de marketing, que vai ao ar no próximo mês, prevê anúncios em mídia impressa, comerciais para TV fechada e ações online, sendo que toda a divulgação da marca está incluída no orçamento total de marketing do Grupo Petrópolis, no valor de R$112 milhões.

De acordo com Douglas Costa, gerente de marketing e relações com o mercado do Grupo Petrópolis, após o lançamento da bebida nos mercados da região Sudeste, a marca deve ter a distribuição estendida para a região Centro-Oeste, já atendida pela companhia no segmento de cervejas. “Aproveitaremos os canais de distribuição de cervejas para distribuir a vodca, que vai formar um mix com nossos produtos", diz Costa. 

Transformações no comportamento de consumo no e-Commerce

O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 14,8 bilhões em 2010. O valor superou os R$ 14,5 bilhões projetados para o período e representa um crescimento de 40% comparado a 2009, quando o e-commerce movimentou R$ 10,6 bilhões.

No período, foram realizados 40 milhões de pedidos por 23 milhões de e-consumidores. É o que indica a 23ª edição do Relatório WebShoppers, realizado pela e-bit, com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).

O estudo é resultado de pesquisas realizadas com mais de 3.500 lojas virtuais e seu painel de e-consumidores.

Entre os motivos que levaram à expansão no ano passado estão o corte do IPI da linha branca, o fato de 2010 ter sido um ano de Copa do Mundo – o que aumentou a venda de TVs e aparelhos de áudio e vídeo – e o aquecimento da economia nacional, que teve um efeito multiplicador e atingiu o comércio eletrônico, que vem ganhando espaço sobre outros canais de venda.

Entre as categorias mais vendidas, a novidade de 2010 ficou por conta dos eletrodomésticos, que ocuparam a primeira posição, com 14%. Em seguida, aparecem livros, assinaturas de revistas e jornais (12%), saúde, beleza e medicamentos (12%), informática (11%) e eletrônicos (7%). Já o ticket médio cresceu 11%, passando de R$ 335,00 para R$ 373,00.

Mulheres comprando mais

Os resultados indicam algumas transformações no comportamento de consumo no ambiente digital. “Eletrodomésticos nunca tinham sido a principal categoria. Outro destaque é moda e acessórios, que não figura entre as cinco maiores, mas já é a sexta. Em 2008, esta categoria não estava nem entre as 20 principais. Já CDs e DVDs aparecia entre as primeiras até 2004 e hoje não aparece mais”, diz Alexandre Humberti, diretor de marketing e produtos da e-bit.

Outra mudança observada refere-se às mulheres, cada vez mais presentes no comércio eletrônico. Se em 2005 representavam 42%, agora elas são responsáveis por 49% das compras feitas no ambiente online. O ticket médio delas também cresceu, passando de R$ 240,00 há cinco anos para R$ 314,00. Mas os homens ainda são os que mais consomem, gastando, em média, R$ 425,00 a cada compra.

O perfil do consumidor da internet também está ficando mais sênior. Atualmente, 21% das mulheres têm mais de 50 anos. Em 2005, este número era de 14%. Já a classe C conta com e-shoppers mais jovens. Enquanto a média geral de idade é de 41 anos, a da baixa renda é de 37 anos.

Em relação à frequência com que consomem em lojas virtuais, 31% dos consumidores da classe C disseram não ter feito compras nos últimos seis meses. Apesar disso, 6% afirmaram ter comprado mais de 10 vezes no mesmo período.

Datas Sazonais responderam por R$ 4,5 bi

Mesmo com uma frequência menor de compras, o ticket médio da classe C se aproxima do das mulheres, chegando a R$ 314,00. As preferências destes consumidores são eletrodomésticos, informática e eletrônicos. “Hoje há marcas amplamente conhecidas do dia a dia do consumidor que entraram para internet e emprestam credibilidade, como Casas Bahia, Carrefour e Walmart”, explica o executivo, lembrando que alguns sites oferecem formas de pagamento mais flexíveis se comparado às lojas físicas.

Como já era esperado, em 2010, as datas sazonais também impulsionaram o bom desempenho do canal de venda. Juntas, elas representaram R$ 4,5 bilhões do total do faturamento do varejo eletrônico. Apenas o Natal ficou com R$ 2,2 bilhões, seguido por Dia das Mães (R$ 625 milhões), Dia das Crianças (R$ 615 milhões), Dia dos Namorados (R$ 600 milhões) e Dia dos Pais (R$ 520 milhões).

Uma das principais novidades do e-commerce em 2010 foram os sites de compras coletivas. Atualmente são mais de 1.200 endereços virtuais que oferecem produtos e serviços com descontos que podem chegar a 80%, caso comprados por um número mínimo de consumidores. O levantamento da e-bit, no entanto, mostrou que ainda há espaço para que o segmento cresça.

Groupon, Peixe Urbano e ClickOn mais lembrados

Mesmo com o boom observado no último ano, apenas 61% dos entrevistados disseram conhecer o conceito de compra coletiva. Destes, mais da metade (51%), no entanto, relatou não ter realizado nenhuma compra, enquanto 49% já adquiriram alguma oferta.

Dos consumidores que já compraram, 82% pretendem voltar a fazê-lo nos próximos três meses. Os 58% dos entrevistados que ainda não tiveram experiência em compras coletivas também pretendem adquirir seu cupom pela primeira vez.

O relatório apontou ainda que apenas 11% dos e-consumidores disseram-se insatisfeitos com o serviço, enquanto 74% afirmaram estar no mínimo satisfeitos. Apesar do número grande de sites em funcionamento ou em fase de lançamento, as marcas mais lembradas pelos internautas são Groupon, Peixe Urbano e ClickOn. Os resultados mostram que o segmento caminha para a consolidação.

“Existem muitos sites, entre empresas que já estão operando e as que serão lançadas nos próximos meses. Como todo caso de sucesso, sempre aparecem novos players em seguida. Mesmo assim, já é um negócio concentrado em três principais”, acredita Humberti.

Faturamento em 2011 deve chegar a R$ 20 bi

Outro modelo de negócio virtual relativamente novo para os brasileiros são os clubes de compras. Os sites funcionam como outlets, oferecendo produtos com preços reduzidos. Esta modalidade, entretanto, é conhecida por apenas 54% dos consumidores. Destes, somente 1/3 comprou. Dos 68% que ainda não adquiriram produtos em outlets virtuais, no entanto, 97% afirmam querer comprar nos próximos três meses.

Entre as categorias mais vendidas estão moda e acessórios (30%), eletrônicos (18%) e acessórios de informática (12%). Em relação ao serviço prestado, 66% dizem estar satisfeitos ou muito satisfeitos, enquanto 21% acham o atendimento apenas razoável e 12% estão insatisfeitos.

“Este segmento ainda é pouco conhecido pelos consumidores. Existe um grande percentual de pessoas que ainda não experimentaram. Falta divulgação maior do conceito”, ressalta o diretor de marketing e produtos da e-bit.

Para 2011, as expectativas são de crescimento constante no varejo eletrônico. Somente no primeiro semestre, o faturamento deve registrar R$ 8,8 bilhões, mais do que todo o ano de 2008, quando o valor foi de R$ 8,2 bilhões. A projeção é de que, no período, quatro milhões de pessoas façam sua primeira compra virtual, o que deve contribuir para um crescimento de 30% e um faturamento de R$ 20 bilhões este ano.

Doar para causas nobres pode render recompensas

O que o show da banda Belle & Sebastian no Rio, o projeto de troca-troca “Livro para Voar” e o site de e-commerce e incentivo ao design Rabiscaria têm em comum? Todos esses projetos levantaram recursos pelo chamado crowdfunding, uma forma de financiamento colaborativo por meio de doações feitas pela internet. Os filantropos - ou “investidores” - são pessoas comuns, que acreditaram na causa por boa vontade, pragmatismo ou em busca de uma recompensa.

Quem quer destinar uma parte do orçamento às boas causas no Brasil não encontra muitos incentivos. Atualmente, só são dedutíveis do Imposto de Renda as doações feitas aos fundos de apoio à criança e ao adolescente (FUNCADs) e a projetos aprovados em leis de incentivo. A maioria dos projetos sociais, culturais, científicos e esportivos, porém, fica de fora dos incentivos tributários e não garantirão retorno financeiro a seus apoiadores.

Os sites de crowdfunding possibilitam aos entusiastas da filantropia a realização de doações aos projetos em que acreditam, ao mesmo tempo em que recebem uma recompensa por isso. Não se trata de retorno ou alívio financeiro. A recompensa é a realização de um projeto de interesse dos doadores ou até alguns presentes dados pelos donos do projeto como forma de agradecimento.

Crença na causa ou na recompensa

Os fãs da banda escocesa Belle & Sebastian, por exemplo, conseguiram se mobilizar para levar os músicos ao Rio de Janeiro, numa ação que, posteriormente, tomou a forma do site Queremos.com.br. Os líderes da ação provaram que, ao contrário do que se pensava, havia sim público na cidade para um show desse tipo. As doações dos fãs bancaram o show e depois foram reembolsadas com a venda de ingressos.

Da mesma forma que a iniciativa se tornou um site de crowdfunding de shows, outras ideias se tornaram pontes para o financiamento de projetos em outras áreas, com recompensas que vão além da realização do projeto em si. Sites como o Catarse.me, o Motiva.me e o Incentivador.com.br apoiam projetos de arte, moda, design, culinária, games e tecnologia que ainda não saíram do papel. Nessas plataformas, cada faixa de doação dá direito a uma espécie de prêmio para o doador.

O Rabiscaria foi um dos projetos hospedados no Catarse que alcançou a quantia pleiteada, devendo ser lançado em breve. Fruto da ideia do desenvolvedor e designer Carlos Filho, o Rabiscaria viabilizará a produção em escala de produtos de moda, decoração e design adornados com desenhos de ilustradores que ainda não tenham atingido notoriedade. Por meio de parcerias com fornecedores e distribuidores, a empresa vai produzir e vender coleções exclusivas pela web, em eventos e em lojas físicas parceiras, pagando os direitos autorais aos artistas.

Em 45 dias, 139 pessoas que apoiam a divulgação do trabalho de ilustradores contribuíram com 23.035 reais, ultrapassando o mínimo desejado de 22.500 reais para dar início ao projeto. Cada faixa de contribuição deu direito a um tipo de recompensa. A menor, de 10 reais, concedia ao doador um adesivo da Rabiscaria e a menção do nome na lista de colaboradores do site. Uma contribuição mediana, de 60 reais, recompensava com a menção do nome, dois adesivos e um par de copos de vodka decorados com a obra de um artista convidado pelo site.

A faixa de doação mais alta, de 4.000 reais, garantia, entre outras recompensas, a visita do artista plástico Mateus Dutra à casa do doador para a pintura de um painel exclusivo. Ou então, o doador poderia também optar por receber um painel de mais de um metro quadrado assinado por Moacir, artista plástico naïf da Chapada dos Veadeiros.

Segundo Carlos Filho, ele e seus parceiros no projeto fizeram intensa campanha junto a conhecidos e nas redes sociais. Dos três doadores que contribuíram na faixa dos 4.000 reais - todos pessoas físicas - nenhum era amigo ou parente dos donos do projeto. Agora, as recompensas já estão em fase de confecção. O lançamento do site e da primeira coleção, feita por artistas convidados, deve ser em meados de abril.

Os projetos sociais também não ficaram de fora no universo do crowdfunding brasileiro. O Senso Incomum nasceu com a intenção de ajudar projetos sociais já em andamento. A diferença é que os recursos levantados são usados para comprar aquilo de que o projeto necessita, em vez de serem repassados diretamente. Ou seja, o projeto social já recebe do site aquilo que foi pedido. Outra diferença é que não existem recompensas materiais para os doadores.

O primeiro projeto a atingir a meta de donativos no Senso Incomum foi o de uma apoiadora do “Livro para voar”, que incentiva a troca e doação de livros, passados adiante sempre que alguém termina a leitura. Ela pedia um display para os livros disponíveis para doação, comprado com 276 reais doados por onze pessoas.

Funcionamento do crowdfunding

Os sites de crowdfunding utilizam o sistema “ou tudo ou nada”, em que o projeto só recebe o dinheiro doado caso atinja a meta de financiamento num prazo de até 90 dias. Quem pretende inscrever seu projeto num site desse tipo vai calcular essa meta somando o valor que deve destinar ao projeto ao imposto, à taxa pelo pagamento eletrônico e a um percentual pelo serviço que não chega a 10% do total doado.

Nos sites, os doadores podem conhecer os diferentes projetos que buscam financiamento, assistir a vídeos dos idealizadores e saber quais são as recompensas de acordo com cada faixa de doação. Os valores variam de 10 a alguns milhares de reais. Escolhido o projeto, basta se cadastrar e fazer a doação por meio de cartão de crédito, boleto bancário ou débito em conta. Caso o projeto não alcance o valor mínimo necessário no prazo estipulado, o dinheiro é devolvido aos doadores.

Esse mecanismo é utilizado para tentar garantir que o projeto, caso saia do papel, seja executado exatamente da forma como foi concebido. Se não conseguiu apoiadores, aliás, provavelmente o projeto precisa ser burilado um pouco mais, a fim de conquistar o público. Isso é especialmente verdadeiro no caso de projetos artísticos e culturais, como documentários, CDs e livros.

Escolhendo o melhor projeto

Dada a informalidade da relação de financiamento, a seleção do projeto pelo doador deve bastante criteriosa. Os criadores dos sites brasileiros asseguram que exercem uma espécie de curadoria para selecionar os projetos que hospedam. Um dos criadores do Catarse, Diego Reeberg, afirma que conversa com todo mundo que deseja uma vaga em seu site. Mesmo apoiando projetos independentes de quase iniciantes, Reeberg assegura que currículo é outro fator importante. “O autor tem que ter um histórico, ser atuante na sua área e ativo em redes sociais”, diz.

No Senso Incomum, além de preencher um formulário, é necessário que o projeto social já esteja em andamento. A equipe do site faz um levantamento para checar a atividade do projeto nas redes sociais ou matérias que já tenham saído na imprensa, num levantamento informal. Mas a maior garantia é mesmo o fato de que é o próprio site quem utiliza os recursos levantados para comprar o que foi pedido.

Alguns sites são ainda mais exigentes. O Incentivador.com.br, no ar há duas semanas, só seleciona projetos artísticos de pessoas vinculadas a pessoas jurídicas idôneas e com um bom currículo na área. A intenção não é incentivar projetos independentes de pessoas inexperientes, mas sim grandes projetos de profissionais com algum renome, mas que, dado os obstáculos do mercado artístico brasileiro, ainda têm dificuldade de levantar recursos e conseguir patrocinadores.

O idealizador do Incentivador, Micael Langer, foi codiretor do documentário “Simonal - ninguém sabe o duro que eu dei”, filme que teve dificuldade de captar recursos devido ao seu tema polêmico. “O mecanismo de financiamento pelas leis de incentivo brasileiras é um pouco perverso, porque pressupõe uma associação de marca. Projetos de temática mais polêmica esbarram na dificuldade de encontrar apoiadores, pois é difícil encontrar uma empresa que queira associar sua marca a esse tipo de produto, mesmo que a aceitação seja provavelmente boa”, explica Langer.

O Incentivador se tornou, assim, um instrumento para que pessoas físicas e empresas de menor porte invistam em projetos culturais sem essa contrapartida. Futuramente, contudo, a ideia é desenvolver um mecanismo que permita a alguns dos projetos o enquadramento em leis de incentivo. Na prática, as doações feitas a essas iniciativas por meio do Incentivador entrariam na categoria de doações dedutíveis do IR.

O candidato a doador não deve, contudo, se furtar a fazer ele mesmo uma minuciosa pesquisa sobre os projetos que ele identifica como importantes ou interessantes. Os sites de crowdfunding brasileiros pecam por ainda não possuírem canais diretos de comunicação entre os doadores e os donos de projetos, nem disponibilizarem um blog para que os empreendedores detalhem o andamento de suas iniciativas. Essa prática já é comum em sites estrangeiros, como o pioneiro Kickstarter.

Antes de doar, portanto, o ideal é checar a atuação dos empreendedores nas redes sociais e tentar conversar com eles. Procurar por sites, blogs e reportagens que mencionem o projeto também pode ser uma saída. Indicações de pessoas conhecidas são dicas valiosas, assim como o número de apoiadores da iniciativa. “Se nem amigos e parentes dos criadores apoiam o projeto, certamente tem alguma coisa errada”, observa Diego Reeberg, do Catarse.

Amparo legal

O especialista em direito eletrônico Alexandre Atheniense aconselha também a checar a idoneidade do site e ler com atenção os termos de uso. Uma boa medida para se resguardar contra golpes é tirar um print screen do documento e da página que traz as informações sobre o projeto que se pretende apoiar.

Salvas, essas páginas podem servir de provas caso a iniciativa seja uma fraude e seus supostos criadores simplesmente desapareçam com o dinheiro das doações. Também servem para resguardar os doadores se houver alguma quebra contratual, como o não envio das recompensas ou a execução do projeto de maneira drasticamente diferente do que foi prometido.

É claro que ninguém vai mover uma ação por causa de 20 ou mesmo de cem reais, mas se as doações forem vultosas, é bom ter em mente que o código civil protege o doador mesmo nessas situações mais informais de financiamento. Atheniense lembra que alguns sites se eximem da responsabilidade sobre o pagamento das recompensas e o cumprimento dos projetos de acordo com o estipulado. Embora isso seja um mau sinal, essa cláusula torna-se nula perante a lei, porque, na prática, o site se torna corresponsável pelas promessas que divulga.

Sites estrangeiros

Os sites brasileiros de crowdfunding ainda são jovens e se inspiraram em iniciativas semelhantes que vieram do exterior, sobretudo dos Estados Unidos. O funcionamento dos sites estrangeiros é semelhante, e os projetos aceitam doações de qualquer lugar do mundo. Alguns exemplos são o Kickstarter.com, o site de projetos sociais 33Needs.com e o Flattr.com, que remunera quem gera conteúdo, como o site Wikileaks.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Airbike: a bicicleta de nylon produzida em impressora 3D

Muitos já devem estar se perguntando: bicicleta feita de nylon… e ainda por cima impressa? Como assim? Pois é, mais uma vez o mundo da tecnologia nos surpreende e oferece o inimaginável: uma bicicleta feita de nylon produzida através de impressão em 3D. A Airbike, como é conhecida, acaba de ser criada por pesquisadores da European Aeronautic Defence Group (EADS), na Inglaterra.

Air Bike (Foto: Divulgação)Air Bike (Foto: Divulgação)

A bicicleta é construída através de um método de impressão de várias camadas de pó de nylon, que reproduz o design da bicicleta projetado em CAD. Basta que o desenho esteja armazenado no computador que está conectado à impressora, para que ela possa iniciar o processo de impressão em 3D.

Os pesquisadores afirmam que a Airbike pode vir a substituir as bicicletas de alumínio e aço, até por ser mais “ecologicamente correta”, já que permite utilizar apenas um décimo do material usado nas bicicletas convencionais.

Mais uma informação impressionante divulgada pela EADS se refere ao fato da bicicleta de nylon conseguir ser muito resistente e ao mesmo tempo 65% mais leve do que as bikes de alumínio, que já são consideradas leves. Essa notícia é muito boa para mulheres que sofrem quando precisam levantar suas bicicletas para guardar em lugares de difícil acesso, como bicicletários em garagens de edifícios. Quem já furou o pneu longe de sua casa, e teve que transportá-la de volta ao “lar doce lar” apenas com a força do braço, sabe o quanto uma bicicleta levinha faria diferença nessas horas também.

O usuário da Airbike ainda tem a vantagem de poder substituir, com muita facilidade e rapidez, alguma peça com dano ou defeito, através da impressão de partes individuais da bicicleta. Sem falar nas possibilidades quase infinitas de personalização da bike, através de alterações direto no design da peça, antes que seja impressa, que podem incluir altura de banco ou guidão, por exemplo. Com a Airbike, vamos poder falar com uma certeza cada vez maior que a bicicleta tem a cara do seu dono

Consumidor quer smartphone mais simples, revela pesquisa

Os consumidores ingleses e americanos prefeririam que os telefones móveis fossem mais simples e fáceis de usar. Uma recente pesquisa realizada pela Accenture perguntou para 2 mil pessoas nos Estados Unidos e na Inglaterra que conselhos dariam para os engenheiros que desenvolvem celulares. Cada entrevistado podia escolher até três respostas simultaneamente. Entre os conselhos mais votados destacam-se: manter a simplicidade (53%) e focar um número limitado de funcionalidades (40%).

Apenas 27% pediram mais funcionalidades e 23% sugeriram que os celulares deveriam ser mais intuitivos. Mais de um quarto das pessoas ouvidas se disseram frustradas com seus aplicativos móveis. 6% se consideram muito frustradas e 21%, relativamente frustradas. 33% responderam que se sentem pouco frustradas e 40% não têm frustração nenhuma.

Problemas técnicos

Os consumidores dos dois países reclamam da frequência com que seus celulares travam (a tela congela ou o software não responde aos comandos, requerendo reinicialização). Dentre os entrevistados, 14% disseram que seus celulares travaram com muita frequência nos últimos seis meses e 45% responderam que isso aconteceu algumas vezes nesse período. 40% disseram que esse problema ocorreu raramente e 1% afirmou que nunca presenciou isso.

Nesse quesito, o celular teve o pior desempenho em comparação com outros eletroeletrônicos e máquinas incluídos na mesma pesquisa, como TVs, computadores e carros.

Como lucrar com a revenda de cupons

Com mais de 1.200 empresas atuando no ramo, o mercado brasileiro de compras coletivas brasileiro vive um momento e saturação. Em menos de dois anos, o serviço conquistou definitivamente seu lugar junto ao consumidor, mas a janela de oportunidade para quem queria investir no modelo ficou para trás.

“Provavelmente o que veremos agora é o estouro da bolha, com muitas empresas fechando as portas. No futuro próximo teremos apenas os líderes do mercado, como Peixe Urbano e Groupon, e alguns sites e nicho", prevê Gerson Rolim, consultor da Câmara-e.net, especialista em comércio eletrônico.

A boa notícia é que toda essa abundância de ofertas no mercado gerou uma nova oportunidade de negócio: a revenda de cupons. Com tantos sites competindo pela sua atenção e tantas ofertas imperdíveis à disposição, muitos consumidores acumularam mais cupons do que são capazes de consumir. Por que não passá-los para frente?

De olho nesta oportunidade, algumas empresas já começaram a explorar o ramo. É o caso do Troca Desconto, criado em dezembro do ano passado. “Começamos a pensar no que poderíamos fazer para aproveitar esse boom das compras coletivas, mas a concorrência ficou enorme. Então surgiu a ideia de criar uma plataforma para revenda dos cupons”, conta  Sabrina Brito, responsável pelo desenvolvimento do projeto.

A empreendedora é sócia da agência Simples, especialista em marketing digital, que criou sites de compras coletivas para alguns de seus clientes. “Observamos que muitas pessoas perdiam os cupons por falta de tempo para utilizar todos. Aqui na agência mesmo alguns funcionários usavam até planilhas para controlar os vencimentos”, conta.

Com um investimento de 100 mil reais, a plataforma de trocas foi desenvolvida e entrou no ar. A proposta inicial era atrair o maior número possível de usuários para monetizar a ferramenta com anúncios dos próprios sites de compras coletivas, por isso os usuários não pagavam nada, nem para cadastrar suas ofertas nem para comprar cupons de outros usuários.

Mas, ao longo do caminho, um novo modelo de negócios surgiu. “Os próprios usuários passaram a demandar que entrássemos como intermediadores no processo, para garantir a segurança da transação”, conta Sabrina. A ferramenta passou a cobrar então de 10% de comissão, paga pelo anunciante, nas transações que intermédia. “Verificamos a validade do cupom e recebemos o pagamento em uma conta nossa. Se o cupom do vendedor não for válido ou se o comprador não efetuar o pagamento, a operação é desfeita”, explica a empreendedora.

Hoje, a plataforma registra em média de três a cinco novos cupons cadastrados diariamente, com até 500 pessoas passando por lá para conferir as novidades todos os dias. O volume de transações concretizadas é menor – apenas 10 ao mês –, mas Sabrina acredita que o número deve subir consideravelmente nos próximos meses. “Provavelmente teremos que investir mais para aprimorar a plataforma tecnicamente e torná-la mais conhecida”, reconhece.

O Troca Desconto não está sozinho no mercado. Também inaugurado em dezembro de 2010, o Recupom tem um trajetória similar. “A ideia veio de um estudo de mercado que fiz para o Febre Urbana em setembro. Analisei o mercado internacional e vi que a revenda de cupons estava começando por lá, mas ainda bem tímida”, conta Erwin Julius, idealizador do projeto.

O site recebeu investimento de 60 mil reais e já tem 1,5 mil usuários cadastrados. Assim como o Troca Desconto, aproxima potenciais vendedores e compradores. Mas, por enquanto, não atua na intermediação do negócio. “Ao se interessar pela compra de uma oferta, o interessado cadastra seu e-mail, que é então enviado ao vendedor. Este, por sua vez, pode respondê-lo por e-mail e combinar a venda com o interessado”, explica o empresário.

Por enquanto, o site não gera receita, mas Julius vê um potencial de faturamento de até 2 milhões de reais para o próximo ano. “O plano de negócios do Recupom envolve seis fases distintas, incluindo aplicações móveis e ferramentas B2B para auxiliar estabelecimentos que costumam publicar ofertas nos sites”, detalha.

Outros sites, como o Regrupo e o Troca Oferta, também tentam emplacar o modelo no Brasil. Para Rolim, da Câmara-e.net, tende a sair vitorioso nesta disputa quem sair na frente, a exemplo do que aconteceu com os próprios sites de compras coletivas. “Agilidade é fundamental para os negócios de internet. Não pode deixar o concorrente largar na frente”, destaca. Assim como no caso dos sites de compras coletivas, ter um bom mailing de endereços de e-mail é um diferencial para quem quiser se dar bem no segmento, segundo o consultor.

Embora reconheça que há potencial para o negócio, o especialista acredita que o espaço para novos entrantes é restrito. “É como o caso dos  buscadores de ofertas. A longo prazo, só há espaço para duas ou três empresas”, opina. Além da concorrência, a efemeridade das ofertas também pode atrapalhar o sucesso do modelo. “Se a pessoa vai vender o cupom porque o prazo está para expirar, quem comprar pode acabar morrendo com o prejuízo na mão”, adverte.

Empresas não se dedicam à retenção de deficientes

Apesar dos esforços para cumprir a legislação, que garante a reserva de vagas para deficientes em empresas com pelo menos 100 funcionários, apenas 6% das empresas brasileiras possuem um plano para reter esses empregados, segundo um levantamento feito pela Plura Consultoria e Inclusão Social com 71 empresas de vários setores, entre agosto e novembro de 2010.

O estudo também identificou que a taxa de rotatividade de pessoas com deficiência no mercado nacional é de 80%, valor que, segundo 58% das empresas participantes, corresponde ao mesmo número dos demais funcionários. Entre os outros 42%, a rotatividade entre deficientes é maior.

Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, entre 2007 e 2009, o número de pessoas deficientes empregadas no Brasil caiu 17,3%, sendo que, no mesmo período, o trabalho formal no país subiu 9,6%. Essa queda é refletida por outro dado revelado pela pesquisa da Plura Consultoria: apenas 5,7% não citaram dificuldades em contratar profissionais com deficiência.

Para 36,1% dos entrevistados, esses números podem ser explicados pela baixa qualificação e experiência dos candidatos - os maiores obstáculos para a inclusão, segundo as empresas. Apesar disso, 68% dos participantes da pesquisa afirmaram que o desempenho dos deficientes é similar ao dos outros funcionários, 26% acreditam que a performance é pior, e 6% acham que é melhor.

Outras barreiras encaradas pelas empresas para contratar pessoas desse grupo são a resistência dos gestores em aceitar deficientes na equipe, com 27,7%, a dificuldade de recrutar pessoas que se encaixem nos critérios estipulados no processo seletivo da empresa, que é apontada por 19,4% dos participantes e a falta de engajamento na equipe, com 11,1% das respostas.

Mesmo ainda com uma política incipiente de contratação e retenção de profissionais deficientes, as empresas avaliam bem o desempenho e sua presença na companhia. Para 50% dos entrevistados, a inclusão tornou o ambiente de trabalho mais humano, 20% acreditam que ela melhorou a percepção de gestores e equipes e 12% viram melhora no clima da organização, enquanto 18% não perceberam mudança alguma

terça-feira, 22 de março de 2011

Música em pílulas e com bula

A banda electropop Marrow, de São Francisco, usou a criatividade para tentar evitar que suas músicas fossem pirateadas na internet. Para o lançamento de seu segundo álbum, Sunshine Enema, o grupo optou por não vender CDs, e sim "pílulas de música".

Marrow colocou as oito faixas em um pen drive em formato de pílula - "oito faixas terapêuticas". O "remédio" vem dentro de um frasco especial e traz também um encarte em forma de bula, com dicas sobre os momentos mais adequados da vida para ouvir cada faixa do disco. Na Amazon.com, o inusitado álbum está sendo vendido a cerca de 8 dólares.

Em seu site, a banda explica como o "remédio" deve ser consumido, dando todas as prescrições e apresentando outras formas de venda do álbum, como kits com materiais especiais da banda e ainda um CD.

Menino Prodígio

Aos 11 anos, Ludwig van Beethoven, compunha suas primeiras peças. Aos 12, Einstein dominava cálculo diferencial e integral. Pablo Picasso, aos 14, destacava-se na academia de arte La Lonja em Barcelona. Pedro Franceschi, aos 12, distribuía para o mundo o desbloqueador (ou jailbreak) do então super protegido iPod Touch 2G da Apple. 

O garoto deve ter deixado Steve Jobs decepcionado com sua equipe. A prática de desbloqueios de aparelhos Apple já era algo comum, por isso a empresa encheu a então nova versão de seu iPod Touch de proteções, achando que assim dificultaria o trabalho dos jailbreakers. Não demorou muito para um furo ser descoberto, mas era preciso executar uma série de códigos complexos para o desbloqueio.

Pedro Franceschi estava cansado de ficar repetindo o procedimento nos aparelhos dos seus amigos (cobrando R$ 50 de cada um), então pensou: “Por que não criar uma programa simples que resuma tudo isso a dois cliques?”. E em cinco horas a sua invenção, o Quick2gPwner, estava pronta. Após ser lançado, o programa foi baixado 17 mil vezes em menos de cinco dias.

O grupo online de desbloqueio ao qual Pedro pertencia chegou a receber uma carta da Apple, sugerindo-lhes que era melhor pararem de brincar com a segurança dos seus aparelhos. Mas a gigante não foi além disso.

O garoto, ainda com 12 anos, criou outro aplicativo, chamado QuickOiB, que tornava mais seguro e fácil substituir o sistema operacional original do aparelho Apple (iOS) pelo livre Linux. Este obteve 25 mil downloads em duas semanas.

Franceschi ficou então famoso, dentro e fora do País. O sucesso fez o menino receber propostas de trabalho – enquanto ainda não tinha idade suficiente nem para trabalhar como aprendiz – e ganhou o reconhecimento dos pais, que finalmente passaram a levar o menino a sério.

Em sua casa no Rio de Janeiro, Pedro, ainda aos 8 anos, mexia no então potente Macintosh do pai, que trabalhava como editor de imagens. “Em casa sempre tivemos ótimos computadores, mas só usava Windows quando o Mac ou o Linux estava quebrado”, diz rindo. Nesse ambiente começou a aprender linguagens de programação, que o ajudariam a criar aplicativos que funcionassem nos seus dois sistemas operacionais.

A cultura do desbloqueio o atingiu pela primeira vez quando ganhou um iPod Nano. Ele queria muito que o aparelho também rodasse vídeo. Pesquisou e encontrou a fórmula. A partir disso não parou mais.

“Eu percebi que o hardware podia oferecer muito mais ao usuário do que o software permitia”, explica. Pedro acredita que os aparelhos pertencem a quem os possui, discurso que legitimaria o desbloqueio. “Se eu jogar meu celular no chão eu não estou quebrando a propriedade da Apple, eu estou quebrando algo que é meu”, argumenta.

Franceschi foi chamado para participar do TEDx Sudeste em 2010 (para o qual fez um aplicativo com informações, palestrantes, vídeos e notícias) e recentemente tem agido como uma espécie de consultor na área de games. Em um evento em fevereiro no qual se discutiam propostas a serem levadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia visando alavancar a indústria de jogos eletrônicos no País, Pedro pegou o microfone e deu aula. “Se a gente pode melhorar o setor de games no Brasil eu sugiro que isso seja feito primeiramente pela área mobile. Quatro em cada 10 brasileiros jogam; desses, 29% joga jogos de celular. Games é a categoria de aplicativos mais usada e eles só existem há cinco anos. Nem os videogames com mais de 20 anos tem essa audiência. Pensem nisso”.

Bom ambiente de trabalho pesa mais do que salário

Remuneração e plano de carreira são importantes na avaliação de aceitar uma proposta e mudar de empresa. Mas não são o primordial. Para a maioria dos trabalhadores brasileiros, ter um bom ambiente de trabalho é o que conta, diz estudo do portal Trabalhando.com.

Dos 390 entrevistados em janeiro e fevereiro, 52% responderam que a convivência harmoniosa entre colegas e gestores afeta o comportamento pessoal e profissional --e impacta na motivação.

Oportunidades de promoção foram a resposta de 22% dos profissionais, seguidas por possibilidade de aumento salarial (14%), status da empresa (5%) e outros (7%). Para o presidente da Trabalhando.com, Renato Grinberg, os dados mostram que, com um clima melhor, as pessoas são mais produtivas e os resultados, melhores.

"Isso é muito claro na chamada geração Y [nascidos entre 1980 e 2000]. Eles são muito focados em trabalhos que permitam ter tempo livre para a prática de esportes e hobbies e, por isso, querem saber antes como será o ambiente de trabalho", afirma. O bom ambiente de trabalho é o que mais motiva a gerente de marketing da Eurofarma Tatiane Manetti, 32.

A profissional começou na empresa em 1999 e progrediu graças a um plano de desenvolvimento que, diz ela, reduz a concorrência desleal entre colegas.
O clima era estendido para fora da empresa -Manetti participava, até o nascimento do filho, de corrida e da academia mantidos pela indústria farmacêutica.

DISPUTA

Mesmo em áreas de competição acirrada, o fator clima é valorizado. "O nosso funcionário costuma ser ambicioso, mas é inadmissível uma pessoa querer passar por cima da outra", afirma o presidente da Corporate Consulting, Luis Alberto Paiva.

O consultor de Negócios da Corrhect, Paulo Henrique Rocha, destaca que o relacionamento interpessoal e o acesso a gestores fazem com que a atmosfera de trabalho fique mais agradável.

"Nos últimos anos, inteligência emocional e competências comportamentais têm sido mais valorizadas. As competências técnicas podem ser lapidadas; as comportamentais, dificilmente."

Leitura e receita publicitária on-line superam jornais em papel nos EUA

Pela primeira vez, o número de leitores e a receita publicitária dos sites de notícias superou a dos jornais em papel nos Estados Unidos, segundo uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center.

Segundo o levantamento "State of the News Media", o faturamento da publicidade on-line nos EUA superou a receita com anúncios de jornais impressos.

O estudo também constatou que mais pessoas, 46% dos norte-americanos entrevistados, disseram obter notícias on-line pelo menos três vezes por semana, ante 40% que disseram obter notícias dos jornais em papel e dos sites a estes associados.

"A migração para a Web está se acelerando", disse Tom Rosenstiel, diretor do Project for Excellence in Journalism. 'A rápida adoção do computador tablet e a expansão do uso dos celulares inteligentes só reforçam essa tendência.'

As mais recentes constatações demonstram que os jornais sofreram não apenas com a desaceleração econômica, que levou os anunciantes a fecharem as carteiras, mas com o fato de que mais pessoas optam pela mídia online para obter notícias e informações, e os anunciantes os seguem.

De fato, editoras de jornais como a Gannett, New York Times Co. e McClatchy continuam a reportar declínio em sua receita publicitária, em um período no qual outras mídias, a exemplo da televisão, estão desfrutando de uma recuperação em seu faturamento publicitário.

A receita publicitária dos jornais caiu 46% em quatro anos, e ficou em US$ 22,8 bilhões em 2010, com US$ 3 bilhões adicionais em receita publicitária on-line, de acordo com o relatório.

Enquanto isso, a receita publicitária dos sites de notícias foi de US$ 25,8 bilhões em 2010, afirma o relatório, mencionando dados do grupo de pesquisa eMarketer.

"Um desafio para as organizações noticiosas é que boa parte dessas verbas publicitárias online, 48%, está relacionada à publicidade vinculada a buscas, e proporção pequena delas se destina às notícias", diz o estudo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Stack Overflow – Conheça o melhor site de perguntas e respostas de programação

Desenvolvimento de software é algo que exige muito estudo, e é muito complicado para quem está começando. Mesmo com abundância de cursos online, blogs, tutoriais, livros de referência, manuais e ajuda, com frequência se encontra uma dúvida difícil de ser respondida.

O Stack Overflow é um site americano gratuito de perguntas e respostas sobre desenvolvimento de software de grande força no exterior. No Brasil há uma crescente popularidade apesar da barreira da língua, pois tudo postado no site deve ser em inglês.

Como funciona

Perguntas e respostas feitas pelos usuários podem ganhar votos positivos e negativos, o que recompensa ou pune seus donos com pontos de reputação, criando assim um sistema ao mesmo tempo competitivo e auto-regulatório. A existência dos pontos de reputação incentiva usuários a ajudarem cada vez mais, o que faz com que cada pergunta tenha uma quantidade de visualizações grande, e pode ser respondida em até dez minutos após ser postada dependendo de sua complexidade.

A página inicial do site, exibindo as perguntas com mais votos (Foto: Divulgação)A página inicial do site, exibindo as perguntas com mais votos (Foto: Divulgação)

A página inicial do site, exibindo as perguntas com mais votos (Foto:Divulgação)
Às perguntas atribuem-se tags, que juntamente com o título serão o meio pelo qual os experts na tecnologia em questão irão encontrar sua pergunta e responde-la. Pode- se fazer comentários em perguntas e respostas pedindo mais detalhes, indicando se é o melhor jeito de fazê-lo, ou até questionando a necessidade de fazer o que a pergunta pede.

Pontos de reputação indicam sua dedicação ao website, e reputações maiores te dão poder de tomar ações de maior responsabilidade como editar perguntas de outras pessoas, alterar tags, fechar ou deletar perguntas, entre outros. Esse sistema é interessante, pois usuários mais experientes guiam e alertam usuários novos, mantendo assim sempre a qualidade nas perguntas e respostas.

Nenhum conteúdo postado no site é de autoria do usuário que a escreveu, e toda informação do site pertence à comunidade, pois tudo pode ser mudado por todos (dependendo dos seus pontos de reputação), o que cria um modelo colaborativo parecido com o da Wikipédia.

Da criação ao sucesso

A ferramenta foi criada em 2008 pelos americanos Jeff Atwood e Joel Spolsky. Ambos são desenvolvedores de software, e possuem blogs conhecidos na área. Sem sites de pergunta e resposta que fossem gratuitos e de qualidade, a busca por informação específica na área de desenvolvimento era muito frustrante. “Se você tiver sorte, na quarta página de resultados de uma busca, você encontrara uma discussão de sete páginas com centenas de respostas, das quais 25% são spam”, disse Joel Spolsky em um de seus posts.

Para construir um site colaborativo, é necessário fazer com que seu número de usuários suba rapidamente, e para isso os blogs de Atwood e Spolsky foram muito úteis. Após cinco semanas de resultados impressionantes com o beta fechado para algumas centenas de desenvolvedores, em Setembro de 2008 o site foi aberto ao público, e vem desde então crescendo, alcançando hoje mais de 1,3 milhão de perguntas. A empresa possui atualmente 27 funcionários e reside em Nova York.

O nome do site foi originado de uma votação, e é o nome de um erro comum em desenvolvimento de software, “Stack Overflow”, que ocorre quando se excede a capacidade da parte “call stack” da memória, responsável por armazenar chamados de funções.

Stack Exchange

O sucesso do Stack Overflow foi tão grande, e o modelo de pontos de reputação funcionou tão bem que a mesma plataforma foi aproveitada para a criação de uma rede de sites de perguntas e respostas chamada Stack Exchange, que comporta hoje outros 41 com diferentes temas, dentro ou fora de tecnologia. Entre os mais famosos estão o Server Fault, sobre administração de sistemas, o English Language and Usage, sobre a língua inglesa, o Guitars, sobre teoria de música, violões e guitarras, e o Cooking, sobre culinária.

No blog do Stack Overflow foram divulgados dados de tráfego, e foi indicado que o crescimento do site é muito satisfatório, tendo conseguido em Dezembro de 2010 16 milhões de visitantes únicos.

Crescimento do Stack Overflow de Dezembro de 2009 a Dezembro de 2010 (Foto: Divulgação)Crescimento do Stack Overflow de Dezembro de 2009 a Dezembro de 2010 (Foto: Divulgação)

Dentre os países com mais usuários do Stack Exchange, em primeiro lugar naturalmente está o país onde o site surgiu, Estados Unidos com 30,5%. Em seguida estão Índia (8,6%), Reino Unido (7,2%), Alemanha (4,7%) e Canadá (4,1%). O Brasil se encontra na décima posição, com 1,7% de todos os usuários da rede.

Clique aqui para visitar o Stack Overflow.

Boom econômico atrai americanos em busca de "sonho brasileiro"

Em um momento em que a economia dos Estados Unidos ainda luta para voltar a crescer e que a taxa de desemprego é de quase 9% no país, mais cidadãos americanos têm enxergado oportunidades profissionais no Brasil.

Segundo o Ministério do Trabalho, 5.891 americanos obtiveram vistos de trabalho no Brasil entre janeiro e setembro de 2010 - número já superior ao total de 2009, quando 5.590 permissões foram concedidas a americanos.

O número também representa um crescimento de 63% em comparação com os vistos profissionais dados a americanos em 2006. E os Estados Unidos seguem sendo o país que mais envia trabalhadores legalizados para o Brasil.

"As oportunidades estão acontecendo aqui no Brasil, especialmente para pessoas de outras culturas", opina a americana Marcela Lizarraga, que veio com o marido, o executivo José Lizarraga, para São Paulo, há um ano, para trabalhar no setor hoteleiro.

No Brasil, José acabou se transferindo para uma empresa fornecedora de tecnologia de aviação e deve ficar mais um ano e meio no país.

SALÁRIOS

Dados da agência de recursos humanos Manpower citados em janeiro na revista Economist apontam que 64% dos empregadores brasileiros sentem dificuldades para preencher suas vagas em aberto.

A revista acrescentou que, enquanto o Brasil coloca no mercado cerca de 35 mil engenheiros por ano, a China forma 400 mil desses profissionais anualmente. A falta de trabalhadores puxa os salários para cima: executivos em São Paulo já estão ganhando mais do que seus pares em Nova York, Cingapura ou Hong Kong.

"Os pacotes de remuneração das empresas brasileiras estão muito atraentes", confirma Olavo Chiaradia, da consultoria Hay Group. Nesse contexto, o professor da Escola de Economia da FGV-SP André Portela vê como positiva a vinda de mais estrangeiros para o Brasil.

"Os benefícios são maiores que eventuais desvantagens. É uma chance de trazer mão de obra que vai difundir conhecimento a curto prazo. É mais barato trazê-los do que esperar a formação dos trabalhadores brasileiros (em setores com escassez)." Mas o professor adverte: "A longo prazo, enquanto ainda estamos crecendo, precisamos de investimentos em educação para atender nossa demanda por produtividade."

INTERESSE CRESCENTE

A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, prevista para o próximo fim de semana, também contribui para um clima de entusiasmo nas relações comercias entre os dois países. Quatro empresas de recrutamento consultadas pela BBC Brasil confirmam o crescente interesse de americanos pelo mercado brasileiro.

"Não é um interesse exclusivo dos americanos, mas, como nossa relação comercial é grande, o número de cidadãos dos Estados Unidos (que vêm ao Brasil) é grande também", diz Renato Gutierrez, da consultoria Mercer. "E há muitas empresas americanas adquirindo brasileiras, e vice-versa."

"Sempre vimos um movimento de europeus (rumo ao) Brasil, mas não de americanos. Eles estão identificando oportunidades aqui", afirma Jacques Sarfatti, da empresa de headhunting Russell Reynolds. A situação brasileira se repete em outros países emergentes, que também estão recebendo maior mão de obra estrangeira.

Estudo de 2010 da Mercer aponta que, apesar da crise global, as transferências internacionais de profissionais tiveram aumento de 4%.

ENERGIA

O setor de energia é apontado como o mais procurado, por causa das descobertas do pré-sal e dos investimentos em combustíveis. Mas especialistas dizem que há interesse dos estrangeiros também pelas áreas de infraestrutura, mineração, siderurgia, varejo e mercado financeiro.

Na Welcome Expats, empresa de auxílio a expatriados com base em Macaé (RJ), a procura por seus serviços dobrou desde 2009, principalmente por causa do crescimento da indústria petroleira na cidade fluminense.

"E vai aumentar. Escuto empresas falando que vão trazer mais mil pessoas (do exterior)", diz Mônica de Mello, sócia da Welcome Expats.

Segundo ela, 80% de seus clientes são americanos. Muitos têm experiência no setor de petróleo e gás e vieram para o Brasil após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em abril passado.

A advogada Ziara Abud, especializada em vistos para estrangeiros, afirma que a maioria das solicitações é para vistos de dois anos ou de 90 dias a um ano (em geral, para técnicos que vêm para treinar mão de obra local).

DIFICULDADES

Mas, em meio às oportunidades, os profissionais estrangeiros também encontram empecilhos no Brasil.

Fernando Mantovani, diretor de operações da empresa de recrutamento Robert Half, diz que, à exceção dos mercados financeiro e de petróleo e gás, ainda existem restrições à contratação de americanos pela dificuldade deles com o idioma e a cultura de trabalho. "Ainda vai demorar para nos acostumarmos com esse fluxo (migratório) inverso", afirma Mantovani.

"Eles se surpreendem que poucos falam inglês aqui", conta Marilena Britto, da empresa de auxílio a expatriados Settling-In. Outras dificuldades, segundo ela, são a burocracia para a obtenção de documentos, o alto custo de vida nos grandes centros brasileiros e as preocupações com segurança pessoal.

"Por outro lado, eles gostam do estilo de vida, da oferta cultural e da qualidade dos serviços médicos", ressalta Britto. "Muitos ficam por pouco tempo, mas demonstram vontade de voltar ao Brasil."

Para Sarfatti, da Russell Reynolds, "o estímulo aos americanos são as oportunidades imediatas, algo de curto prazo, para se realizar profissionalmente. Mas acho que está se abrindo um canal (de intercâmbio profissional) que pode virar duradouro."

Google ajuda a localizar vítimas no terremoto do Japão

Google lançou mais uma vez sua ferramenta para localização de pessoas, o Person Finder, que desta vez foi projetado para ajudar a população local a encontrar amigos e familiares, vítimas do terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o arquipélago japonês, gerando uma série de tsunamis na costa nordeste do país.

Google (Foto: Divulgação)
Google (Foto: Divulgação)

O Person Finder é uma plataforma aberta para compartilhar noticias sobre a tragédia. Lá o internauta pode pesquisar por entes queridos, além de cadastrar informações suas que incluem nome e sobrenome, foto, endereço e descrição. Para que ele possa ser localizado mais facilmente.

Esta plataforma foi criada em janeiro de 2010, em uma parceria com o governo dos Estados Unidos da América no intuito de auxiliar na localização de vítimas do terremoto que devastou o Haiti. A ferramenta ajudou, também, no terremoto do Chile, em fevereiro, e na China, em abril do ano passado.

O Google lançou uma nova versão da ferramenta poucas semanas depois do tremor de 6,3 graus na escala Richter que atingiu a Nova Zelândia, país vizinho ao Japão que está em alerta de tsunami junto com a Austrália, Filipinas, Indonésia, Havaí e alguns países da América Latina, como o Chile por exemplo.

O Person Finder também está disponível em inglês. Para acessá-lo basta clicar aqui.

Perder o foco as vezes, também é importante

Era um dia qualquer e o matemático foi tomar banho. Ao entrar na banheira, percebeu que o volume de seu corpo imerso movimentava um volume igual de água. Naquele momento ele não se conteve. Saiu da banheira, atravessou a porta em direção à rua e, completamente nu, gritou “Eureca! Eureca!” (“Descobri”, em grego). Foi desse jeito, íntimo e inesperado, que o grego Arquimedes (287-212 a.C.) resolveu um problema que o atormentava havia tempo: descobrir se a coroa encomendada pelo rei de Siracusa era totalmente de ouro ou se o artesão contratado havia misturado prata (metal mais barato) à joia. Essa história – contada pela primeira vez pelo arquiteto romano Vitrúvio cerca de 200 anos mais tarde, e que acabou se tornando lenda – mostra que a partir de observações simples Arquimedes teria desenvolvido parte de sua importante teoria sobre a lei do empuxo

Talvez ele nem estivesse pensando na coroa naquele momento. Quem sabe se preparava para participar de um banquete, ou estava simplesmente tomando um relaxante banho. O fato é que Arquimedes teve o impulso de observar o movimento da água na banheira – igual a um gato que fica “viajando” enquanto vê o líquido indo para lá e para cá em seu pote de água – e disso veio o insight para a solução do problema. Mesmo que não se saiba até que ponto essa história é verídica ou lenda urbana da Grécia antiga, ela revela que a mente despreocupada, divagante, é matériaprima para o pensamento, a existência e a evolução humana. Devanear, portanto, é importante para a vida.

Reunião de referências

Pode parecer exagero dizer que devemos “viajar na maionese” para viver, mas sem essa viagem não alargamos nossos horizontes para abraçar tudo o que pudermos alcançar. Claro que é possível viver e curtir a vida numa rotina estabelecida, sem muitos riscos e surpresas que podem nos “tirar do prumo”. Mas deixar-se levar pelos pensamentos e ideias aparentemente desencadeados é um convite a novidades. Ao nos desligarmos do racional, abrimos caminho para o devaneio, para os pensamentos livres que, de tão livres, podem lembrar um filme de Tim Burton. Quando divagamos estamos, mesmo que inconscientemente, coletando e arquivando uma série de referências que podem vir a ser usadas em breve ou no futuro, para resolver um
problema ou desenvolver um projeto.

“É como preparar uma refeição. Você vai buscar ingredientes em vários lugares para montar o prato”, afirma o professor Antonio Carlos Brolezzi, do Instituto de Matemática e Estatística da USP. A solução de um problema matemático, diz ele, é feita da reunião de diversas referências. Não importa quantas informações foram usadas para resolver o enunciado nem se a solução foi alcançada dentro ou fora dos padrões para aquela equação. O que vale é chegar à resposta, mesmo que para isso seja necessário um período de devaneio que pode levar centenas de anos. Centenas de anos, como assim?!? “O Teorema de Fermat demorou mais de 350 anos para ser resolvido e o matemático que o solucionou estudou-o por sete anos até chegar à solução”, afirma Brolezzi.

Nesse meio-tempo, provavelmente houve momentos em que o matemático distanciou-se do teorema para arejar a mente; quem sabe pensou em desistir. “Quando não acho a resolução, deixo o problema de lado por um período. E, quando volto, vejo as coisas com outros olhos”, diz o físico brasileiro Marcelo Gleiser, que leciona no Dartmouth College, nos Estados Unidos. Mesmo se afastando da questão a ser resolvida, é preciso conservar a meta de ter algo a solucionar, e assim pode-se deixar a imaginação agir, sem correr o risco de se perder na viagem. “A coisa largada, sem uma motivação, pode atrapalhar mais do que ajudar. Precisamos ter uma meta. E, aí, deixar rolar”, diz Gleiser.

Rede de conexões

Na publicidade, que é um universo viajante por natureza (afinal, os criadores são pagos para convencê- lo de que aquela geladeira do comercial é bem melhor que a que você já tem), o devaneio é o combustível para a criação. Mas não pense que, só porque você vê bichos de pelúcia vendendo carros na TV, os publicitários compartilharam o narguilé com a centopeia de Alice no País das Maravilhas. A viagem na maionese publicitária tem suas regras – e todas bem estabelecidas. O criativo de uma agência precisa dar vazão a uma série de pensamentos que podem ser desconexos para vender ou divulgar um produto. Por isso ele precisa, além de um repertório criativo e imaginativo, ter disciplina. “Acima de tudo é necessário organizar a mente para ‘voltar à Terra’ e desenvolver uma campanha”, afirma o publicitário Pedro Pletitsch, diretor de arte da agência GNOVA e professor da Miami Ad School/Escola Superior de Propaganda e Marketing (SP), onde ensina publicitários a botarem os pés no chão após seus devaneios.

Ao pensar em como vender um produto ou ideia (o que em outras áreas equivale a fazer um relatório diferenciado, preparar uma apresentação pra lá de convincente, escrever um livro e desenhar um móvel...), é imprescindível apelar para a mente racional. Só assim se consegue criar uma conexão entre o lúdico e o real. “Dizem que ser criativo é criar conexões entre coisas que parecem ser desconexas. É o caso do físico Isaac Newton, que mostrou que a mesma força da gravidade fez a maçã cair na sua cabeça e faz a Lua girar em torno da Terra”, afirma Gleiser.

“O pensar resulta de várias articulações, e quando pensamos é como se estivéssemos nos retirando do mundo, mesmo que seja para pensar sobre o que é real”, diz a professora de filosofia da PUC-SP e terapeuta existencial Dulce Critelli. Precisamos nos desligar da realidade para pensar em qualquer coisa diferente, e temos que permanecer nela para concluir o pensar. Dulce ainda explica que o ser humano é incapaz de ficar no mesmo lugar, de se bastar com as mesmas coisas sempre. Daí ele devaneia, divaga e vai encontrando pistas que o levem a um estado além daquele em que está. “Vivemos pensando no que foi e no que será. O futuro está sempre em aberto e para refletir a respeito dele temos que dar vazão à fantasia. Tudo no mundo caminha para o que não está aqui.”

E assim, pensando no que pode vir a ser, ou melhor, viajando sobre o futuro, cientistas, criadores, intelectuais e gente comum vão delineando a evolução do pensar, da criação e da história. O que seria da medicina sem a penicilina, ou da aeronáutica sem o helicóptero, desenhado por Leonardo da Vinci ainda no século 15 e tornado realidade no século 20? Ao observar as anotações de Da Vinci, muitas delas podiam parecer uma grande viagem naquela época. Mas várias ideias dessa salada “leonardiana” resultaram em coisas reais – inclusive o automóvel.

Comprovação científica É comum as pessoas relacionarem as palavras devaneio, divagação e viagem a ideias desconexas, sem sentido e escapistas em relação à realidade. Mas isso é reflexo da imagem negativa que se construiu em cima do devaneio e da divagação. Freud tem sua parcela de culpa nisso, quando afirmou que sonhar acordado era algo infantil e neurótico – uma falha de disciplina mental. Alguns estudiosos que o seguiram acabaram por tachar crianças mais viajantes de desatentas e hiperativas, enquadrando muitas delas como portadoras do TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). “Claro que existem crianças com o transtorno, mas é importante cuidar para evitar a patologização da doença em todas as que saem do ‘normal’, segundo os conceitos sociais e da escola”, afirma André Meller Ordonez de Souza, da equipe pedagógica do Colégio Oswald de Andrade (SP).

O problema, diz ele, é que o mundo atual é moldado na produção, no ser multitarefa, e as crianças foram arrastadas junto com essa corrente – tanto que aos 7 anos já têm agendas lotadas como a de executivos. Hoje, o lema é: fazer, cumprir, apresentar. E tudo dentro de prazos determinados; não sobra muito tempo para viajar nas ideias e executar melhor ou de um jeito mais criativo, diferente. “O devaneio vai contra esse mundo de produção e o lúdico, seja do adulto ou da criança, é o único espaço disponível para se conhecer o mundo e a si próprio”, diz Souza.

O psiquiatra Fernando Milton de Almeida, do Núcleo de Estudos do Imaginário e da Memória da USP, concorda com a ideia de que há quem olhe torto para o devaneio porque ele atrapalha a produtividade desejada pelos moldes atuais. “Mas devanear é parte da condição humana. Mesmo que o conhecimento hoje seja acelerado e as pessoas ajam de maneira mais autômata, é fundamental devanear.” Com a mente livre para flanar, o ser humano exercita a imaginação e transita por outros lugares; recolhe material para criar, fica mais receptivo a insigths.

De tão importante, o devaneio está presente até mesmo no dia a dia de quem acha que não se deve perder tempo com pensamentos desnecessários e sonhos malucos. Um estudo realizado por psicólogos da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apontou que passamos cerca de 30% do nosso tempo devaneando. Isso mesmo: todos nós viajamos na maionese em algum momento do dia. No experimento, enquanto liam romances como Razão e Sensibilidade e Guerra e Paz, os alunos pesquisados eram frequentemente indagados se estavam atentos ao livro ou se estavam com a cabeça em outro lugar. Diante das respostas, veio o veredito de que todo mundo divaga – é normal. “Eu creio que as conexões executivas do cérebro, que estão altamente comprometidas com o pensamento racional e lógico, também são ativadas no devaneio. Portanto, não considero o devaneio algo oposto ao pensamento racional”, afirma Jonathan Schooler, um dos coordenadores do estudo.

O pesquisador diz que é importante percebermos quando devaneamos e que caminho percorremos durante essa viagem. “O segredo é ficar atento aos processos mentais para captar se o devaneio afeta suas tarefas. Se não atrapalha enquanto você está dirigindo, prossiga. Mas se desvia o foco, fazendo com que você freie em cima do carro da frente, tente ter mais consciência do que acontece ao seu redor.” Segundo a pesquisa, a criatividade é maximizada quando as pessoas percebem que suas mentes estão devaneando. “Acho que devaneio sem foco não vai ajudar em nada nossa compreensão ou abertura a novas teorias. Em todo o processo criativo, seja na poesia, seja na matemática, é necessária também uma dose grande de disciplina mental. O ideal é um balanço, uma abertura para os dois lados. Existem muitos caminhos para se chegar ao alto da montanha, mas a montanha é a mesma”, diz Marcelo Gleiser, que afirma só “se sentir humano munido de duas qualidades: devaneio e pensamento lógico.”

Fonte: Vida Simples 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Coca-Cola desafia fãs a criarem música junto com Maroon 5 em 24h

A Coca-Cola e a agência Wieden Kennedy criaram uma ação que vai colocar os fãs da banda Maroon 5 para trabalhar. Em 24 horas, os músicos irão criar uma música a partir de comentários, fotos e vídeos de usuários; tudo o que puder servir de inspiração irá ajudar na construção.

A ação começa em 22 de março, de Londres, quando os internautas poderão acompanhar a produção a partir de um site. Os mais de 20 milhões de fãs da marca no Facebook poderão participar por meio da rede social e, pelo Twitter, serão divulgadas informações sobre o que acontece no estúdio.

O estúdio estará equipado com tecnologia capaz de permitir que os músicos se comuniquem com pessoas do mundo todo. A interação será centrada em um sistema de projeção de fluxo de movimento que irá publicar as inspirações dos fãs sobre as paredes. Ao invés de reunir tudo em torno de um computador, as superfícies do estúdio serão a tela, que permitirá à banda interagir diretamente com os internautas.

"Este é o esforço mais ambicioso e experimental de música que a Coca-Cola já realizou. Para a sessão de 24 horas, estamos implantando e desenvolvendo tecnologias novas e emergentes, para permitir que tantas pessoas quanto possível façam parte do processo criativo que vai fazer a boa música", comentou Joe Belliotti, diretor global de marketing e entretenimento da Coca-Cola.

Essa campanha faz parte do "Coca-Cola Music", programa que da a adolescentes a oportunidade de ajudar na criação de faixas musicais e ver artistas de renome em pleno trabalho.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Apple apresenta iOS 4.3 com GarageBand e iMovie

Sistema iOS 4.3 (Foto: Reprodução)
Sistema iOS 4.3 (Foto: Reprodução)

A apresentação do iPad 2 em San Francisco, nos Estados Unidos, não estaria completa sem um elemento importante: a atualização do sistema operacional do tablet, do iPhone e do iPod Touch, o iOS 4.3. E com ela, novos aplicativos que se aproveitam dos novos recursos do aparelho, assim como sua performance mais robusta.

Diferentemente do que muitos esperavam, a Apple não mostrou ainda a esperada versão 5.0, mas isso não significa que há poucas novidades. A primeira apresentada pela empresa foi a melhora na performance do navegador Safari. Agora ele roda a nova engine JavaScript, que permite exibir a linguagem duas vezes mais rápido do que no iOS 4.2. Isso significa carregamento de páginas mais rápido, mesmo com sites com mais recursos.

Outra melhoria foi feita na ferramenta AirPlay, que agora permite compartilhar vídeo para uma Apple TV diretamente do aplicativo de fotos. Assim fica mais fácil de mostrar a todos o que foi filmado com a nova câmera HD da segunda versão do iPad.

Além disso, o recurso agora traz compatibilidade com websites e aplicativos, que permitem que sejam mostrados vídeos do YouTube direto em uma TV, por exemplo. O problema é que a Apple ainda não informou se essas novidades serão compatíveis também com o adaptador HDMI para o tablet. O iTunes Home Sharing traz ferramenta semelhante, permitindo acessar a biblioteca de músicas, filmes e livros inteira do iTunes pela rede Wi-Fi doméstica em qualquer dispositivo iOS.

Há também novidades exclusivas. Para o iPad, agora é possível determinar qual a função do botão deslizante lateral: se será para travar a orientação da tela em modo retrato ou paisagem, ou se será um botão para deixar o aparelho no silencioso.

Já para o iPhone 4, há o recurso de compartilhamento de Wi-Fi, o “Personal Hotspot”. Com ele, é possível distribuir sua conexão 3G para até cinco equipamentos por meio de Wi-Fi, Bluetooth e USB. Cada uma delas é protegida por senhas e protocolos de segurança. A Apple garante que essa nova função não drena sua bateria, detectando quando a conexão não está em uso para desligá-la e economizar energia.

iMovie (Foto: Reprodução)iMovie (Foto: Reprodução)

iMovie

O app é basicamente uma versão touchscreen do software Final Cut, bastante utilizado em edições de vídeos (filmes inteiros foram já são realizados com o programa desde o final dos anos 90). O iMovie permite a gravação de áudio multifaixas, traz um mais precisão na edição, conta com novos temas, tem o AirPlay para se conectar ao Apple TV, exibe vídeos em HD e possui compatibilidade com todos os aparelhos iOS.

O trabalho com áudio também foi melhorado, com mais de 50 efeitos sonoros adicionados ao iMovie e a possibilidade de usar músicas de fundo. O programa agora tem mais opções de compartilhamento de vídeos, com CNN iReport, Vimeo, Facebook, iTunes além, é claro, do YouTube e o rolo da câmera do próprio aparelho.

GarageBand (Foto: Reprodução)GarageBand (Foto: Reprodução)

GarageBand

Este é basicamente um estúdio virtual tanto para quem já toca algum instrumento quanto para os que sequer conseguem colocar uma nota no violão. Além de mixagem e edição de áudio com até oito faixas simultâneas, o aplicativo traz os Touch Instruments. São vários modelos de bateria, teclado e sintetizadores, além de uma bateria mecânica para quem não possui um bom ritmo.

Agora, para quem realmente não faz ideia de como tocar, há ainda os Smart Instruments, que facilitam a criação de melodias com versões bem simplificadas de guitarras, violões, teclados, baixo e bateria. O projeto inteiro com as faixas e gravações pode ser compartilhado com a versão para Mac do software.

Os dois aplicativos estarão disponíveis para download na App Store a partir do dia 11 de março por US$ 4,99 – bem mais baratos do que as versões completas dos softwares para Mac OS, diga-se de passagem. A atualização iOS 4.3 será liberada na mesma data gratuitamente e será compatível com o iPhone 3GS, iPhone 4, iPad 1 e 2, e iPod Touch de terceira e quarta geração.

Quer estudar nas melhores universidades do mundo de graça?

Confira algumas dicas para fazer cursos de universidades conceituadas como Harvard, MIT (Massachusetts Institute of Technology) e Fundação Getúlio Vargas, sem precisar sair de casa e o melhor, de graça. Agora não há mais desculpas para quem quer estudar e não tem dinheiro para arcar com os altos preços das mensalidades.

O MIT, uma das mais conceituadas faculdades dos Estados Unidos, oferece em sua página centenas de cursos de diversas áreas como antropologia, economia, música, biologia, física, arquitetura, engenharia e outros.  Todos são gratuitos e para participar do programa, basta fazer o download do material completo do próprio site da faculdade. O professor Salman Khan, formado em Harvard e no MIT, desenvolveu o site Khan Academy, que disponibiliza explicações online de diversas matérias. Além do curso, o aluno pode fazer exercícios que auxiliam na compreensão da disciplina. As aulas estão em formato de vídeo (em inglês).

E a moda de cursos gratuitos pela internet também chegou ao Brasil. A FGV (Fundação Getúlio Vargas) oferece de comunicação, gestão e direito. As iniciativas não proporcionam titulação, crédito, certificação ou acesso a instrutores, ao final das aulas, mas o participante poderá realizar um teste e obtendo nota mínima emitir a declaração de participação.

Para quem acha que o ITunes serve apenas para ouvir música, a maior surpresa são as aulas online gratuitas disponíveis no site da Apple e que podem ser vistas no player da marca. A proposta faz parte do projeto “ITunes U”, para ter acesso basta fazer o download do player e escolher a disciplina desejada na página da Apple.  Entre as faculdades que disponibilizam conteúdo gratuito no site estão MIT, Universidade do Sul da Flórida e Berkley.

Se você ainda não tem certeza do que quer cursar ou não sabe qual a melhor instituição para isso, o portal OCW (Open Courseware Consortium) centraliza milhares de cursos abertos das melhores universidades do mundo, entre elas Universidade de Barcelona, caso tenha familiaridade com o catalão, Universidade Hokkaido, se o seu forte é o japonês, FGV e Universidade do Sul de Santa Catarina, se não quiser arriscar sair do português.

O incrível mundo dos games

Um dos assuntos que tem mais me chamado atenção ultimamente é como os games podem ser usados em favor do seu negócio. Não, não estou falando simplesmente em jogos com finalidades publicitárias para expor uma marca ou propaganda dentro de jogos. É algo mais complexo, é algo que pode, por exemplo, ajudar um negócio a se desenvolver ou ainda resolver problemas do mundo.

Recentemente assisti a uma palestra no TED que tratava exatamente deste assunto: “Jane McGonigal: Gaming can make a better world” (vídeo abaixo). Fiquei tão impressionado com a apresentação que já revi o vídeo umas 5 vezes. E isso foi o que me motivou a escrever este texto. No seu discurso, Jane diz que o tempo que um americano médio passa brincando em games online é de 22 horas por semana, praticamente metade do tempo que se gasta trabalhando de verdade, vamos dizer assim. É algo impressionante e que gera ao redor de 3 bilhões de horas por semana em jogatina nos EUA. Imagine usar todo esse tempo para produzir algo útil ou de valor. Essa é a ideia central.

O grande impulsionador dos games é a gratificação que as pessoas recebem por realizar determinadas tarefas. Completamos mais uma fase? Isso nos traz um instante de satisfação. Passamos por um difícil obstáculo? Mais um pouco de satisfação instantânea. Estamos na frente dos nossos amigos (concorrentes)? A felicidade está garantida. E é esse tipo de gratificação, simples e instantânea que os games nos proporcionam e nos fazem querer jogar mais.

Partindo deste princípio podemos dizer que a Wikipédia é um grande game. Como assim? Os usuários da Wikipédia criam e editam artigos sem receber dinheiro para isso. Então por que fazem isso? Há várias gratificações em criar ou editar um artigo na grande enciclopédia digital. Primeiro, você sabe que aquele conteúdo possivelmente ajudará alguém à procura de informações. Mas isso não é suficiente, você poderia ter criado um blog para isso. Em segundo lugar, seu status melhora dentro da Wikipédia para com seus pares, ou seja, quanto mais artigos você mexer, mais importante dentro da comunidade você será. Isso pode gerar “cargos” diferentes dentro da rede, com funções que os simples mortais não tem direito. Satisfação garantida.

O Foursquare é outro exemplo de game a favor de um negócio. Toda vez que alguém me pergunta o que é o Foursquare, a minha resposta padrão é algo como “uma rede social na qual você diz aonde está”. Nada mais sem graça, não? Por que diabos eu vou compartilhar minha localização? Na verdade o Foursquare é muito mais do que isso. Ele é essencialmente um grande game, que tem uma camada de geolocalização como a base de seu argumento.

No Foursquare, toda vez que você diz aonde está (faz checkin), ganha pontos. Algumas vezes esses checkins valem medalhas (badges). Você pode ter um lugar de destaque no hall da fama de um determinado lugar se for a pessoa que mais vai naquele lugar. Tudo isso faz do Foursquare um grande game no qual nós, os jogadores, ajudamos a melhorar a base de dados deles de graça em troca de meros pontos, medalhas ou prefeituras.

Agora, vamos supor que você queria se manter em forma. Pode existir uma plataforma de game que você ganha pontos, status ou qualquer que seja o item que o diferencie dos demais jogadores. Se isso for interessante o suficiente teremos milhares e milhares de pessoas mantendo a forma, exercitando-se, por causa de um game. Algo parecido com o Nike+, o game/ rede social da Nike para corredores.

Essas mecânicas de jogos podem ser aplicadas para quase qualquer outro negócio ou atividade. O importante é ter algum item de satisfação instantânea, mesmo que seja algo aparentemente banal. Todo esse conceito pode ser considerado uma expansão do crowdsourcing, aplicado a resolver problemas para os negócios. Se o seu cliente se interessar, você terá uma mina de ouro a explorar e melhorar seu negócio.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Lula estreia na carreira de palestrante em evento da LG

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estreou hoje à noite na carreira de palestrante em evento promovido pela empresa coreana LG no Transamerica Expo Center, na capital paulista. Lula aproveitou a palestra para exaltar seus oito anos de governo - o valor pela participação não foi confirmado oficialmente, mas entre profissionais da área de eventos consta que o cachê teria sido de R$ 200 mil.

A palestra durou 40 minutos. A imprensa, no entanto, teve acesso a apenas 15 minutos do discurso que se transformou em balanço de governo. "Nos oito anos do meu governo, foram criados 15 milhões de vagas com carteira assinada", ressaltou Lula, a uma plateia de cerca de mil empresário do setor varejista. O ex-presidente leu a maior parte da sua apresentação e destacou a importância de o governo federal ter atuado para a redução das desigualdades sociais. De acordo com Lula, é preciso trabalhar para que o povo brasileiro "continue sendo governado por gente que pensa em todos, e não apenas em uma parte". "Vinte milhões de pessoas saíram da pobreza e outros 36 milhões entraram para a classe média. É mais gente trabalhando e consumindo", enfatizou.

Durante o balanço, Lula destacou que em sua gestão o Brasil enfrentou a "pior crise do capitalismo mundial". O ex-presidente lembrou o episódio em que sofreu críticas por classificar a crise financeira mundial de "marolinha".

O ex-presidente recordou ainda um episódio em que decidiu fazer um pronunciamento à nação para incentivar o consumo. "Eu tive uma atitude que nem todo político tem coragem de fazer", contou, ao comentar que havia assessores no governo federal que consideravam sua atitude arriscada." Eu, que passei a vida toda sendo contra o consumo, fiz apologia ao consumo", disse.

Dos feitos de seu governo, Lula citou os programas "Luz para Todos" e o "Minha Casa, Minha Vida", que, segundo ele, ajudaram a aquecer o mercado interno e promover o crescimento econômico num momento de crise. "Vocês perceberam que quando chega a energia o cidadão quer ter televisor, geladeira e aparelho de som", ressaltou. Mais adiante, o ex-presidente destacou que a confiança do brasileiro na economia ajudou o comércio varejista. "Nunca se vendeu tantos móveis e eletrodomésticos neste País."

O ex-presidente aproveitou a palestra para pedir que as empresas da área de tecnologia trabalhem para toda a sociedade, e não para um grupo. "Não basta ter um terço da população tendo acesso a essas coisas. É preciso que toda a população tenha (o acesso)."

Lula afirmou também que os empresários são "protagonistas de um jeito novo do País dar certo". "Vocês são protagonistas da maior transformação do Brasil nos últimos anos", elogiou.

Pouco antes da palestra, o ex-presidente conheceu os lançamentos da LG no Brasil e testou novos produtos.

Você consome conteúdo digital?

O mês de fevereiro de 2011 pode ser considerado no futuro um mês histórico para a publicação de conteúdo digital. A Apple revelou sua nova plataforma de assinaturas de conteúdos nos aplicativos e o Google lançou ferramenta equivalente. A grande preocupação que surge a partir destas novidades é se haverá uma concentração no mercado de compra e venda de conteúdos digitais nas mãos desses gigantes.

Desde o lançamento do primeiro iPod, a estratégia da Apple parece bem clara. Depois do aparelho que mudou a forma de ouvirmos música, surgiu o iTunes e também as formas de compra de música e filmes digitais. Recentemente a Apple e a News Corp lançaram o The Daily, precursor da sua plataforma de assinaturas de conteúdos digitais.

O Google tem também uma estratégia para conteúdos digitais, mas não é tão clara. Eles têm várias plataformas de entrega de conteúdo, como por exemplo, o Google News e o Reader, que nada mais são do que agregadores. Tem também a venda de livros acessíveis via web, e o rumor de que lançarão em breve uma forma de compras de músicas digitais. E agora lançaram, para competir com a Apple a plataforma One Pass de assinatura de conteúdos digitais.

Há duas grandes diferenças entre as plataformas do Google e da Apple. A gigante de buscas lançou algo que serve para sites de notícias e artigos cobrarem pelo acesso ao seu conteúdo. Manteve a web como plataforma base do serviço. Já a Apple preferiu apostar em assinaturas com base nos seus campeões de venda iPhone, iPad e iPod Touch. Essa é uma das grandes diferenças. Enquanto na versão do Google qualquer um pode assinar conteúdo digital, no caso da Apple só os poucos privilegiados donos desses equipamentos é que terão acesso.

Hoje a empresa da maçã é a líder em venda de músicas (digitais ou não) nos EUA. Neste ritmo pode ser que a Apple consiga dominar o mercado de conteúdos digitais (jornais, revistas, entre outros). E isso é uma grande preocupação uma vez que surjam conteúdos que só podemos acessar se tivermos um iPad ou iPhone.

Mas esse é um problema que provavelmente não vai acontecer devido ao “imposto” de 30% que a Apple cobra das empresas de mídia sobre o valor de venda de seus conteúdos digitais. É muito alto, pode desestimular o mercado a investir na plataforma. A Amazon, que tem aplicativo para iPad e iPhone, pode perder até 160 milhões de dólares em receita anual com isso.

A mesma Amazon também cobra um valor alto de quem deseja vender conteúdo através do seu aparelho Kindle. Há na conta do Kindle o custo de distribuição, que é alto pois parte do conteúdo do Kindle vai via 3G para os compradores. Análises mostram que quase todos os jornais e revistas vendidos através do Kindle raramente incluem imagens devido ao seu custo de transmissão via 3G.

Para finalizar a questão do “imposto” cobrado, o Google definiu 10% como a sua parte e o Paypal, que também lançou sua plataforma de conteúdos digitais, quer de 5% a 10% do valor de venda.

E todos eles estão certos em cobrar esses valores. Vamos supor que uma grande empresa de mídia queira vender conteúdo digital. Ela pode investir sozinha em toda a infraestrutura e pagar as contas de manutenção e atualização disso ou optar por alguma das plataformas disponíveis. A longo prazo certamente é mais vantajoso associar-se à Apple, Google, Paypal ou qualquer outro centralizador de vendas.

Cada empresa está apostando em modos diferentes de oferecer conteúdo digital pago. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens tanto para os publicadores quanto para os consumidores. No final o que importa é como nós consumidores escolheremos consumir conteúdo digital pago. E é isso que vai dar o tom definitivo de como se comportará o mercado.