sexta-feira, 29 de junho de 2012

Por que Abilio Diniz é um dos (raros) empresários pops do Brasil

Nos Estados Unidos, o culto aos empresários é tão forte quanto ao de celebridades do mundo dos esportes e das artes. Afinal, Warren Buffett, Bill Gates, Steve Jobs e companhia personificam a cultura empreendedora tipicamente americana. No Brasil, são raros os empresários que alcançam uma fama parecida. Abilio Diniz é um dos poucos privilegiados.

Suas tacadas de sucesso transformaram o Pão de Açúcar em um gigante de varejo brasileiro. Outras não escaparam de um certo enrosco. A tentativa de união com o Carrefour, a complicada negociação com a rede carioca Sendas, as desavenças com a família Klein após a fusão com as Casas Bahia e, mais recentemente, o pedido de arbitragem pela compra do Ponto Frio são algumas das operações que fazem parte dessa lista.

Hoje, o empresário está prestes a perder o controle do grupo fundado por seu pai para o francês Casino. Embora com menos poder - e com alguns episódios controversos no currículo -, Abilio ainda deverá conservar, por algum tempo, sua popularidade entre a gente comum, que o vê como um trabalhador incansável, amante dos esportes, alguém preocupado com valores e com a qualidade de vida dentro da sua companhia. Veja os pontos que explicam por que Abilio tornou-se um legítimo representante do lado mais pop do capitalismo brasileiro (e o que isso revela sobre como os empresários são vistos por aqui):

Herdeiro que faz

Histórias de quem venceu na vida têm sua dose de apelo. E a trajetória do Pão de Açúcar é carregada dessas reviravoltas. A rede nasceu como uma doceria em São Paulo, criada pelo imigrante português Valentim dos Santos Diniz em 1948. Depois de inaugurar duas filiais, Seu Santos, como era conhecido, resolveu apostar no modelo de auto-atendimento que fazia sucesso nos Estados Unidos, abrindo seu primeiro supermercado no fim dos anos 50.

O negócio deu certo. A tormenta chegaria duas décadas depois. O primeiro imbróglio foi familiar. O fundador distribuiu ações a seus filhos em 88. O primogênito Abilio ficou com a maior fatia, e seus irmãos, insatisfeitos, resolveram brigar por um novo rearranjo. A contenda só terminou no fim de 93. Abilio assumiu a presidência e tornou-se dono de 51% das ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Quatro dos outros cinco filhos venderam suas participações nesse meio tempo. Com dois deles, Abilio passou anos sem conversar. 

Para manter-se de pé, o Pão de Açúcar também teve que passar por uma penosa reestruturação: acossada por uma crise de liquidez, a rede de supermercados beirou a falência. Com o intuito de reverter a situação, o GPA fechou quase metade de suas lojas e demitiu milhares de funcionários. Depois de perder a liderança do mercado para o Carrefour, em 1991, passou a investir na melhoria da rentabilidade e a buscar um sócio para crescer.

Em 1999, vendeu uma participação ao francês Casino. Seis anos depois, recebeu um novo aporte de capital dos franceses, com a contrapartida de entregar o controle da rede em junho deste ano. A injeção de dinheiro surtiu efeito. Em 2011, o GPA fechou o ano com receita líquida de 46,6 bilhões de reais. Há uma década, esse número era de 8 bilhões.

Entre altos e baixos, Abilio solapou a imagem de um herdeiro que não hesita em por a mão na massa. É o que acredita Júlio Moreira, professor de branding da ESPM. "O Abilio pegou o que o pai fez e transformou em uma coisa maior, dando uma cara para essa empresa", diz. "As pessoas enxergam um exemplo de vitória e determinação."

O empresário do bem

Com uma experiência de década à frente do Pão de Açúcar, o executivo entrou em contato com a Fundação Getúlio Vargas, onde estudou, com o intuito de compartilhar aprendizados de gestão. "Em escolas brasileiras, grande parte dos casos estudados vêm de fora, principalmente dos Estados Unidos. E nem sempre estão bem alinhados à realidade local", afirma o professor da instituição Jaci Correa Leite.

A FGV topou a empreitada: desde 2010 turmas têm ensinamentos sobre liderança com base na trajetória do executivo. São quinze sessões semanais ao custo de 3.668 reais. Abilio costuma aparecer em até quatro delas. Coordenador do curso, Leite acredita que o fato de Abilio ser visto como uma referência se dá mais “por que” do que “apesar de” seus eventuais tropeços. A razão? Seu comprometimento com o negócio, mas também com as pessoas, com espiritualidade e responsabilidade social.

"Os que estão ao lado dele reconhecem e aceitam sua liderança porque acima de tudo confiam nele como pessoa", afirma. "Abilio Diniz encarna aquele adágio do 'walk the talk', ou seja, aja de acordo com o que você diz", completa o professor.

Para transmitir esses valores, Abilio bebe da mesma fonte de gurus internacionais. Seus prediletos, sempre lembrados pelo executivo nas redes sociais, já vieram ao Brasil dar treinamento a gerentes e diretores do Pão de Açúcar. Ex-professor de Stanford, Jim Collins sustenta que a humildade é inerente ao bom líder, que se preocupa antes com o sucesso da empresa do que com sua própria riqueza ou fama. O indiano Raj Sisodia vai na mesma linha: executivos devem investir em um propósito firme para suas empresas – valores que deixariam as pessoas comuns sentirem saudades caso as companhias deixassem de existir. 

Paz, amor e... saúde. Para Abilio, a prática de esportes é outro pilar importante para manter o foco. Aos 75 anos, o executivo faz ginástica religiosamente e dedica até três horas por dia aos treinamentos - o primeiro deles começa às 5h30 da manhã. Em entrevistas, ele já afirmou que envelhecer em bom estado tornou-se uma obsessão depois do nascimento dos filhos pequenos. O caçula ainda não chegou aos cinco anos de idade.

A preocupação também faz parte da cultura corporativa do GPA. Estampada no auditório do Grupo, uma das frases prediletas de Abilio prega que é preciso buscar internamente qualidade de vida para ter a capacidade de servir qualidade de vida. Não por menos, os funcionários contam com uma academia, um grupo de corrida e quatro quadras de squash nas dependências da empresa. No encalço de Abilio - e na companhia do chefão -, vários participam de uma maratona anual em Nova York.

Até a marca própria do Pão de Açúcar, a Taeq, carimba produtos com o conceito de "vida em equilíbrio". Na opinião de Júlio Moreira, da ESPM, Abilio teria sido pioneiro em associar o nome da empresa à busca por vitalidade. E sua disposição em seguir em frente enquanto outros de mesma idade penduram as chuteiras não deixa de contar a seu favor. "O homem está chegando aos 80 com preparo físico que muitos jovens não têm. As pessoas gostam de ver um executivo de sucesso com filhos pequenos e ainda pensando em construir", afirma.

Comunicador virtual

Torcedor do São Paulo, devoto de Santa Rita de Cássia, esportista inveterado. Se você não conhece Abilio, basta entrar no seu perfil no Twitter e se juntar aos outros 158.000 seguidores para se familiarizar com essas e outras preferências. Nas redes sociais, o executivo dá palpites sobre a atuação do time, saúda os novos empregados do Pão de Açúcar e publica dicas de gestão.

Autor do livro "Caminhos e Escolhas", no qual divide sua receita para "uma vida mais feliz", Abilio também mantém um blog, onde não se esquiva de opinar sobre episódios controversos, como a tentativa de fundir o GPA às operações brasileiras do Carrefour, projeto que naufragou no ano passado e recebeu uma saraivada de críticas.

Moreira, da ESPM, acredita que Abilio entendeu como poucos a importância das redes para aproximar os consumidores da empresa. "Ele enxerga esses canais com uma naturalidade que outros executivos não veem", resume. 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Facebook enfrenta desafio à sua altura: a mobilidade

Há um mês, o Facebook parecia um gigante invulnerável. Com o número de usuários em ascensão e beirando os 900 milhões, o serviço se preparava para abrir capital na bolsa de valores e fazer mais bilionários. Para o infinito e além, parecia dizer a rede.

De fato, no dia 18 de maio, veio a oferta inicial de ações (IPO), que atraiu nada menos do que 16 bilhões de dólares – maior cifra já registrada na abertura de capital de uma empresa de tecnologia. Com ela, foi revelado também um problema. À medida que os usuários da rede migram para dispositivos móveis, a receita do serviço desacelera. Sim, mobilidade é o calcanhar de aquiles do Facebook. Isso vem motivando as mais variadas especulações sobre o que Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, deve fazer para redefinir o destino de sua criação.

Surgiram também previsões catastróficas sobre a "morte" do serviço no prazo de oito anos (o que é uma eternidade no mundo digital): "O problema do Facebook está em seu DNA, definido na era pré-mobilidade", diz a VEJA Eric Jackson, analista americano do mercado de tecnologia e autor da profecia. "Caso não mude, o serviço pode ter o mesmo fim de Yahoo! e MySpace, que hoje são irrelevantes."

As águas tranquilas em que navegava o Facebook se agitaram dias após o IPO. O escritório de advocacia americano Robbins Geller abriu uma ação judicial acusando a rede de omitir informações relevantes a potenciais investidores no período que antecedeu a abertura de capital.

O ponto que realmente importa é o arrefecimento do ritmo de crescimento da receita, fortemente dependente dos anúncios de produtos e serviços exibidos nas páginas e perfis dos usuários. No primeiro trimestre de 2012, o faturamento subiu incríveis 45% em relação ao mesmo período de 2011, mas a taxa foi sensivelmente inferior aos 55% da medição anterior. "Na estreia na bolsa, o Facebook passava por severa e prenunciada redução no crescimento de suas receitas" argumentou a acusação. E emendou a causa: em vez de utilizar o programa na web, as pessoas o utilizam cada vez mais em dispositivos móveis.

De fato, a parcela de cadastrados que acessa a rede a partir de tablets e celulares disparou nos últimos anos, a tal ponto que hoje o acesso móvel já é majoritário (confira quadro abaixo). Boa parte das pessoas acessa a rede social a partir de aplicativos especialmente desenvolvidos para rodar nas telinhas de tablets e celulares. Ocorre, porém, que até o início deste mês esses aplicativos não exibiam anúncios.

Ou seja, quem entrava no serviço para papear com amigos ou postar a foto da nova namorada não enxergava ali mensagens publicitárias – que só eram exibidas aos cadastrados que acessavam o Facebook por meio dos navegadores de internet (Chrome, Internet Explorer, Firefox etc.). Eis uma provável razão para a desaceleração da receita. De acordo com a mecânica do serviço, o anunciante só remunera o Facebook quando seu anúncio é efetivamente visto ou clicado pelos usuários: se este não vê a propaganda, a rede social não recebe.

O Facebook se apressou para corrigir o problema, é verdade. No início deste mês, dois novos modelos de anúncios passaram a ser exibidos em aplicativos para dispositivos móveis. Um deles já foi torpedeado pelos usuários: são as histórias patrocinadas, que, no feed de notícias, se misturam a postagens que amigos do usuário fazem na rede. "É uma solução eficaz, mas invasiva, uma vez que apresenta um conteúdo no perfil do usuário sem seu consentimento. É como colocar palavras na boca dele", diz Guilherme Rios, diretor da Social Agency, especializada em ações de marketing na rede social.

Rios não foi o único a achar a ação do Facebook desajeitada. Para Eric Jackson, ela demonstra mais uma vez que o DNA da rede não traz know-how para operar na era da internet móvel, mas em uma fase anterior, a da web social.

"Hoje, podemos ver que a internet é constituída por três ondas de empreendimentos digitais", diz Jackson. "A primeira engloba companhias criadas entre 1994 e 2001, que buscavam agregar conteúdos: é o caso do Google.

A segunda é das redes sociais, como LinkedIn, MySpace e Facebook. A última, iniciada em 2010, se dedica exclusivamente ao mundo móvel, são negócios concebidos para funcionar onde o usuário está." É o caso do Instagram, ferramenta de edição e compartilhamento de fotos, do Foursquare, serviço baseado em geolocalização, e do Social Cam, uma espécie de Instagram de vídeos. Todos são, por excelência, produtos concebidos para rodar em tablets e celulares e colar em seus usuários, onde quer que eles estejam.

Embora faça bastante barulho, a tese de Jackson de que o Facebook está fadado ao fracasso não é aceita sem resistência. Argumenta-se que nada impede Zuckerberg, um empresário de apenas 28 anos, de se adaptar aos novos tempos. Prova disso foi o recente esforço de aquisição e incorporação do Instagram, por 1 bilhão de dólares, em abril.

"O Google também provou que essas empresas podem incorporar tecnologia nova ao lançar o Android, sistema operacional para dispositivos móveis", diz Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). "Com ele, o gigante de buscas mergulhou na mobilidade."

Divergências à parte, há uma interseção entre os pontos de vista dos analistas: o Facebook está de fato diante de um desafio à sua altura – como fazer dinheiro num ambiente em que mais e mais gente utiliza a rede a qualquer hora, em qualquer lugar, graças a aparelhinhos portáteis e seus aplicativos.

"Outras grandes empresas, como Apple e Google, ainda têm dificuldades para criar estratégias de monetização", diz Fernando Belfort, analista de mercado sênior da consultoria Frost & Sullivan. Dados da Interactive Advertising Bureau, instituição voltada ao desenvolvimento do mercado de mídia digital, mostram que a receita aferida com publicidade em dispositivos móveis em todo o mundo chegou em 2011 a 5,3 bilhões dólares. É uma cifra respeitável, mas oito vezes inferior à registrada pela internet como um todo só nos Estados Unidos.

Em resumo, o dinheiro ainda está em migração. Dificulta esse movimento o fato de que uma infinidade de aparelhos de celular e tablet inundam o mercado, com sistemas e formatos diferentes. "A diversidade de aparelhos e a desigualdade entre eles comprometem a apresentação de serviços digitais", afirma Meira.

Para o americano Brian Blau, analista do instituto de pesquisas Gartner, o Facebook está ciente da ligação íntima as pessoas e seus smartphones. "Celulares e tablets são hoje a tecnologia com maior potencial de socialização à disposição da humanidade. Conteúdos em texto, foto e vídeo podem ser compartilhados durante o deslocamento das pessoas, liberando-as para atividades, reflexões e interações. As empresas terão que trabalhar duro para reter a atenção de seus consumidores."

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Os luxos que o futuro Itaquerão deverá oferecer

O Itaquerão, futuro estádio do Corinthians, está tomando forma final e transformando um sonho em realidade — quase 50% da obra já foi concluída e o cronograma vem sendo obedecido. A essas alturas, já se fala em detalhes para os quais ainda não se tinha dado a devida atenção.

Algumas delas são interessantes:

  • O ar condicionado vai contemplar todos os 70 mil metros quadrados de área construída, incluindo banheiros.
     
  • O aquecimento dos jogadores é feito em campo de grama sintética em lugar específico dentro do estádio. Mas poderá ser acompanhado pelos convidados VIPs, que ocupam uma área de 500 lugares. Mas será preciso se deslocar, por elevador, até o subsolo para acompanhar os trabalhos.
     
  • A cobertura terá 52 metros de altura em relação ao gramado, semelhante ao estádio de Wembley, em Londres. Isso significa o dobro da altura do futuro Maracanã e arquibancadas muito mais verticais, o que permite melhor visibilidade.
     
  • A iluminação contratada equivale a 4 mil lux, o dobro do que se viu nos estádios da África do Sul. A ideia é reproduzir a luz diurna nos jogos noturnos.
     
  • Para abastecer de energia o estádio, tanto a cobertura como as laterais do gramado terão placas fotovoltaicas para captação de energia solar. Além disso, toda estrutura da arena foi preparada para receber equipamentos de captação de energia eólica.
     
  • Os banheiros serão sofisticados, com vasos sanitários importados do Japão, que dispensam papel higiênico: um dispositivo promove a limpeza com jato de água e secagem por ar quente.

terça-feira, 26 de junho de 2012

LG promove cursos sobre smartphones e X-Box

LG promove cursos para familiarizar consumidores às tecnologias dos smartphones e videogames. As ações serão realizadas entre os dias 18 e 22, na LG Eletronics, loja conceito da marca localizada no Bourbon Shopping Wallig, em Porto Alegre.

O espaço inicia na próxima terça-feira, dia 18, a Semana do Smartphone, período no qual consumidores poderão tirar suas dúvidas sobre os aparelhos comercializados pela fabricante coreana. Nos dias 18 e 19, das 18h às 19h, o curso explicará o que é um smartphone, seu funcionamento e como usufruir dos aplicativos mais utilizados no momento.

Nos dias 20 e 21, no mesmo horário, será oferecido um treinamento sobre produção e compartilhamento de filmes em 3D. O evento se encerra no dia seguinte, com aulas sobre o uso das ferramentas de geolocalização no smartphone.

Uma segunda ação será promovida entre os dias 23 e 30, das 16 às 19 horas, quando os consumidores participarão da Semana X-Box, que realizará campeonatos utilizando a função Dual Play da LG Cinema 3D Smart TV com os jogos da Disney.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Do Power Point ao Power Ranger


O tema de hoje é sugestão de um CFO de uma grande empresa fluminense: os efeitos da paternidade ou maternidade em nossa carreira e produtividade. Uma recente pesquisa da Universidade da Califórnia comprova que nos tornamos profissionais melhores depois de virarmos pais. Teoria que apoio e acredito há muito tempo, pelas razões a seguir.

Antes de mais nada, quando ainda somos nós por nós mesmos, a carreira vem sempre em primeiro lugar. Queremos crescer, trabalhar até mais tarde não importa com que frequência. Sacrificamos nossa vida pessoal e momentos de lazer em nome da ascensão profissional, do status, poder e $$ que são sinônimos do aspiracional da grande maioria dos executivos workaholics.

Nem vou entrar no mérito das relações amorosas, de namoro, casamento, de morar junto, de vida a dois. Vou direto para o nascimento de um filho, planejado ou não, desejado ou não. Ter um filho é gerar uma profunda mudança em nossas atitudes em relação ao trabalho, sejam elas conscientes ou não.
Quando olhamos para um filho, a ambição da carreira passa a ter outras cores. A vontade de vencer vira vontade de prover. A importância de ser o melhor entre os pares vira pó ao percebermos o que é ser importante para uma criança que nos espera em casa. A luta por dinheiro e poder se transforma em gana de construir um patrimônio, de não deixar faltar nada, de proteger.

Depois de ter um filho, as horas de trabalho até mais tarde viram uma obrigação, uma angústia interna, pois não queremos perder o horário do banho, o cheirinho de sabonete, a cafungada no cangote, o abraço na alma, o momento abençoado da leitura de uma história, o adormecer em nossos braços como se o mundo parasse e não houvesse nada mais importante. Momentos que colocam os assuntos do escritório na sua devida importância, na dimensão real das prioridades na vida. 

Chegar em casa depois que um filho dormiu é conviver com o atestado de ausência, de opção racional, de violência emocional. Um filho nos coloca um freio nos abusos excessivos do trabalho, uma pausa para reconexão e perspectiva espiritual, nem que seja por algumas horas. Quantas vezes você, pai ou mãe, não saiu do trabalho antes do que deveria para poder ir para casa, dar banho, jantar e colocar seu filho para dormir, para então voltar para o computador e ficar trabalhando até tarde da noite? Ordem de prioridade de um pai ou mãe: em primeiro lugar, o filho, em segundo, o trabalho, em terceiro, você e seu sono.

E o peso na consciência se deixamos de estar com as crianças nos momentos especiais? Uma festa na escola, uma apresentação infantil ou uma mostra de trabalhos? Quem é pai sabe o que é se sentir a pior pessoa do mundo (mesmo sendo o profissional mais competente) por desapontar um filho, por faltar a um momento especial. Mil vezes um olhar de desaprovação de um cliente, uma bronca de um chefe ou um projeto refeito na totalidade do que o olhar magoado de um filho, a dor de uma pergunta não feita sobre o porque de nossa escolha pender (de novo) para o trabalho.

Outro aspecto diz respeito às prioridades e produtividade. Um pai ou uma mãe aprendem a ser mais produtivos no trabalho, a dar conta do que é preciso, a não perder tempo no café do corredor, a administrar seu tempo para poder estar em casa na hora certa. A análise do plano de lançamento do novo produto entra sempre na sequência do estudo da prova de matemática. Acompanhar a lição de ciências é mais importante do que o e-mail que recebemos do chefe. A pesquisa na internet sobre o trabalho de escola que vai ser apresentado no meio da semana tem prioridade absoluta sobre o contrato de M&A que deve ser entregue no dia seguinte. E assim por diante…

Ser pai é desenvolver uma lente emocional para a vida e também para o trabalho. É entrar num avião lotado de executivos, ter uma apresentação para revisar e não se irritar com o choro de um bebê de colo na poltrona ao lado, mas se compadecer com a cólica que deve estar causando o tal choro. É assistir a um belo comercial feito pela área de marketing e se engasgar com uma cena de pai e filho, quando antes somente se notava a qualidade das imagens e forma da mensagem. É passar na loja do aeroporto antes de voltar para casa e comprar uma bugiganga qualquer, só para ver a carinha deles ao tirarmos da mala um pequeno presente no nosso retorno.

Ser pai, ser mãe é se tornar um profissional melhor. Mais produtivo, mais inteligente emocionalmente, mais consciente do que é relevante na vida. É sair de uma grande apresentação para investidores, chegar em casa, tirar a gravata, sentar no chão e brincar de super herói ou Barbie. É mudar o canal cerebral e pular do Power Point para o Power Ranger, do Excel para o Lego, do banco de dados para o pé de feijão que cresce num copo de plástico. Ser pai é querer construir mais do que um patrimônio. É a vontade de criar um legado, um exemplo para nossos filhos. 

Exemplo que nos faz querer ser melhores, inclusive no trabalho. Mais éticos, mais atuantes, mais responsáveis, mais plenos. É repensar nossos hábitos e excessos no trabalho, e seu custo para nossa vida, nosso tempo e nossa saúde. É morrer de medo de não estar mais aqui para vê-los crescer e amadurecer. É querer ter uma vida mais regrada e saudável, somente para poder ter mais tempo. Não para o trabalho, não para a carreira.

Tempo para eles. Que significa tempo para nós mesmos.

Texto: André Caldeira

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cuattro abre mais de 200 vagas de trabalho em todo Brasil

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HTC fecha as portas no Brasil

A HTC vinha perdendo participação no mercado brasileiro há anos, desde que parou de produzir localmente.

A fabricante asiática de celulares HTC vai encerrar sua operação no Brasil. Um comunicado foi enviado esta semana aos funcionários informando a notícia e a demissão coletiva. A empresa emprega poucas dezenas de pessoas no País.

A HTC vinha perdendo participação no mercado brasileiro há anos, desde que parou de produzir localmente. Sua maior barreira foram os altos preços, que lhe tiravam competitividade frente a concorrentes como Samsung, LG e Nokia. Outro problema foi o foco em um portfólio diminuto de smartphones, hoje composto por quatro modelos Android, incluindo três da recém-anunciada linha One, e o Ultimate, seu primeiro aparelho com o sistema operacional Windows Phone.

A baixa popularidade da marca junto aos brasileiros e o pequeno orçamento para ações de marketing locais também atrapalharam. Na maioria das operadoras, seu share em vendas vinha sendo insignificante. Nas pesquisas da Nielsen no Brasil, por exemplo, a HTC nem sequer era listada mais.

Apesar do mau desempenho nos últimos anos, o encerramento das atividades no Brasil surpreendeu algumas fontes do mercado, que esperavam uma retomada do crescimento da HTC no segundo semestre, com a chegada da linha One e planos para voltar a produzir localmente.

Internet é segunda em publicidade no Brasil

internet superou os jornais, no primeiro trimestre deste ano, e se tornou a segunda mídia com maior receita publicitária no Brasil, de acordo com um relatório elaborado pelo Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil). No total, a web ficou com 11,98% da fatia total da publicidade do primeiro trimestre de 2012.

Segundo o estudo, o meio fechou o ano de 2011 com faturamento de 3,33 bilhões de reais – crescimento de 37,3% em relação a 2010. Desses, 1,45 bi foram investidos em publicidade display enquanto outros 1,88 bi foram colocados em ferramentas de busca - crescimentos de 19,24% e 55%, respectivamente.

A TV aberta liderou o ranking em 2011 com 59,4% de participação. Os jornais aparecerem na segunda posição, com 11,1% de share, seguido da internet, com 11%, e das revistas com 6,7%. Considerando apenas a mídia display, a participação da web em 2011 cai para 5,11%.

Segundo um outro relatório da Projeto Inter-Meios, o investimento publicitário na internet no primeiro trimestre deste ano foi de 330,4 milhões reais, aumento de cerca de 25% sobre o mesmo período do ano passado.

De acordo com a IAB Brasil, a internet deve fechar o ano de 2012 com 13,7% de participação no mercado publicitário. No Estados Unidos, a participação da web na publicidade é de cerca de 19,9% enquanto no Reino Unido é de 31,8%.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Uma nova agência que será o principal parceiro dos anunciantes

Nos últimos 50 anos os papéis das diferentes agências de comunicação são muito claros. A agência de propaganda é a chefe responsável por desenvolver o conceito master da campanha e pelo nobre papel de comprar toda a mídia.  A agência de promoções é quem tem o papel não tão nobre, financeiramente falando, de colocar o conceito na rua.  A agência digital é quem tem o papel ainda menos nobre de transformar o conceito em site e, eventualmente, num advergame bacaninha.  A agência de RP resolve as eventuais crises. O que não é nada nobre, financeiramente falando.

Só que da mesma forma que colocou de pernas para o ar a indústria fonográfica e de conteúdo em geral, a tecnologia vem mudando rapidamente a forma como as empresas se relacionam com seus consumidores e, consequentemente, o negócio das agências de comunicação. Sentar numa mesa de briefing hoje está bem mais complicado e delicado.  

O conceito master que funciona na mídia de massa, entendido por 100% da população, já não necessariamente funcionará bem na mídia social, onde precisa ser de alguma forma disruptivo para ser viralizado. Então quem fica responsável pelo conceito master? Também não está claro se o relacionamento com formadores de opinião será feito pela agência de RP ou pela agência digital, já que na internet todo mundo é um formador de opinião.

Ou seja, os rótulos que funcionavam na cabeça do anunciante já não estão funcionando tão bem e as sobreposições são cada vez maiores. O consenso geral é que agências especializadas não vão desaparecer, mas que um novo formato de agência vai subir em importância estratégica junto aos clientes.  O que começamos a ouvir e é minha aposta para esta nova agência, ainda não rotulada, envolve as seguintes 4 competências:

Domínio do ambiente digital: simplesmente porque será cada vez mais insustentável a mídia de massa.  Novos produtos e serviços surgem numa velocidade maior do que conseguimos consumi-los. Ter um punhado de veículos que promova o encontro entre a oferta destes novos produtos e a sua demanda num ambiente analógico fica impossível do ponto de vista da relevância e, em breve, será mais caro do que tentar atingir o mesmo público de forma fragmentada.  A agência precisa estar preparada para trabalhar numa realidade que performance é a palavra chave e precisará contratar muitos engenheiros para construir uma mensagem que utilize todas as possibilidades desta comunicação em rede.

DNA Social: se você não notou, a mídia socializou.  Hoje qualquer pessoa produz conteúdo em texto, áudio ou vídeo e, mais importante, consegue distribuir este conteúdo para uma grande audiência.  A agência precisa ter na veia a habilidade de introduzir as marcas nesta conversa global que os mercados se transformaram.  Sem medo de ouvir críticas ou de não agradar a todos.

Técnicas de RP: neste mundo da mídia socializada, onde cada pessoa é ao mesmo tempo consumidora e veículo de comunicação, é preciso saber a diferença básica entre o que é notícia e o que não é notícia. Pensando como RP, Steve Jobs fez um telefone celular que é notícia, saindo espontaneamente na capa de todas revistas do mundo e a cada upgrade do sistema operacional vira trend topic no Twitter. As agências precisam pensar campanhas como notícia.

Talento editorial: as empresas descobriram o que o mundo do entretenimento já sabe há muito tempo: é muito bom ter fãs, pois eles falam apaixonadamente dos seus ídolos e compram tudo que podem sobre eles.  Se antes apenas artistas e atletas tinham fãs, hoje a tecnologia que permite qualquer um atingir grandes audiências, faz com que qualquer marca possa (e deva) ter fãs.  E para alimentar DIARIAMENTE estes milhões de fãs que algumas marcas já possuem em seus canais proprietários nas plataformas sociais, é preciso que a agência saiba desenvolver um editorial próprio para cada posicionamento de marca que também consiga entreter sua base de fãs-consumidores.

Texto: Gustavo Fortes

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Paulo Borges, o homem que colocou as grifes brasileiras na moda

Na passarela da moda mundial, o São Paulo Fashion Week é o único que figura fora do eixo Milão-Paris-Nova York, tanto em interesse pelas novidades quanto pela grandeza dos números reunidos no evento. Esta 33ª edição, que termina neste sábado na capital paulista, contou com 32 desfiles, 11.480 funcionários, 300 horas de transmissão em canais de tevê aberta e a cabo, sem contar os 1,5 bilhão de reais de negócios que serão gerados a partir dele.

Quem diria que um dia o Brasil promoveria algo desta magnitude? Antes de 1996, ninguém. Até que Paulo Borges, idealizador e principal executivo do evento, colocou em prática a ousada ideia de fazer com que o país se tornasse um celeiro lançador de moda e modelos.Mesmo não sendo estilista, dono de tecelagem, costureiro, nem jornalista, Paulo virou o ícone impulsionador do maior evento de moda do país graças a sua habilidade ímpar de costurar a paixão pelo tema com o tino para desenvolver o negócio.

Paulista de São José do Rio Preto, Paulo desembarcou na capital paulista no início da década de 80 com a missão de prestar vestibular para o curso de computação. Um amigo o chamou para ajudar a produzir um desfile da loja dele e Paulo ficou fascinado pelo trabalho. De lá passou um curto período como assistente da diretora da revista Vogue na época, pouco antes de promover o Phytoervas Fashion, sua primeira investida no ramo, quando realizou três desfiles em três dias com estilistas desconhecidos.

O evento de moda patrocinado, o primeiro do país, virou MorumbiFashion, que virou o SPFW. E o SPFW foi o ponta pé inicial da carreira de Paulo como um dos principais executivos do setor. Seu grupo, o Luminosidade, atua na área de marketing estratégico, produção de eventos, que ainda inclui o FashionRio e Rio-à-Porter, e de criação de conteúdo, com a revista Mag! e o SPFW Journal, com matérias sobre moda. A novidade do grupo é o prêmio Movimento Hotspot, lançado este ano, para expor e premiar novos talentos no Brasil em 11 áreas criativas. Interativo, o projeto permite que pessoas compartilhem projetos e experiências entre si e com o mercado.

InBrands, dona de um vasto portfólio de marcas que inclui Ellus, Salinas e Alexandre Herchcovitch, foi sócia da empresa de Borges até dezembro, quando entrou com pedido de alienação de suas ações na Luminosidade – a InBrands possui 75% do capital social do grupo. O objetivo da ex-sócia é passar a concentrar esforços apenas no desenvolvimento de suas marcas. Mas o fato é que, em 2010, a Luminosidade dava um prejuízo de 331 mil reais, segundo o balanço de resultados da InBrands. “Não sabemos ganhar dinheiro, mas sabemos fazer dinheiro”, disse Paulo Borges em uma entrevista antiga, quando o SPFW completava dez anos.

Há quem ainda duvide da geração de negócios providos a partir do evento, mas uma coisa é certa: a partir do SPFW, nomes de estilistas e de modelos famosas, como o da gaúcha Gisele Bündchen, ganharam notoriedade internacional. Uma prova de que, mesmo sem o lucro devido, Paulo vem conseguindo cumprir sua missão de dar um frescor ao mundo da moda com novidades trazidas pelos profissionais brasileiros. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Microsoft deve comprar Yammer por US$ 1,2 bilhão

Segundo o The Wall Street Journal, a empresa de softwares Yammer está no radar da Microsoft e aceitou ser vendida por 1,2 bilhão de dólares. Citando fontes que não se identificaram, o jornal sustenta que a aquisição ainda não tem data para ser concluída.

A Yammer é conhecida por criar redes sociais dentro de empresas, dando aos funcionários a possibilidade de compartilhar arquivos e utilizar outras ferramentas no ambiente digital, nos moldes do que faz o Facebook. Fundada em 2008, a Yammer tem cerca de 4 milhões de usuários, sendo que 20% deles pagam pelos serviços ofertados.

Caso a transação seja fechada, essa será a segunda vez que a Microsoft comprará uma companhia a caminho de abrir capital na bolsa - o CEO da Yammer, David Sacks, já havia afirmado que esse era um plano para o futuro. Em maio do ano passado, a Microsoft adquiriu o Skype por 8,5 bilhões de dólares.

De acordo com a reportagem do WSJ, Yammer e Microsoft recusaram-se a comentar a suposta operação. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Microsoft promete "maior anúncio" da história da empresa

Microsoft deve apresentar na noite desta segunda-feira (no horário de Brasília) o seu tablet. O aparelho, que pretende concorrer com o iPad, terá um chip de baixo consumo de energia e rodará uma versão móvel do sistema operacional Windows. O evento será realizado em Los Angeles, na Califórnia. "Este será o maior anúncio da Microsoft. Você não pode perder!", diz o convite enviado à imprensa.

As especulações acerca do tablet ganharam força em razão dos últimos investimentos da Microsoft. Em abril, a companhia aplicou mais de 300 milhões de dólares na operação do Nook, leitor digital colorido da rede de livrarias Barnes & Noble. É possível que uma atualização do dispositivo seja anunciada, desta vez com um sistema mais robusto e com a assinatura da Microsoft.

Além disso, o Windows 8, próximo sistema operacional da gigante do software, será lançado entre setembro e outubro deste ano – por isso, o tablet da companhia só chegaria ao mercado às vésperas do Natal. O sistema operacional foi desenvolvido para rodar em desktops, laptops e tablets.

Home office: liberdade ou armadilha?

Olhando os números de uma nova pesquisa que fizemos me surpreendi: 47% dos RHs de empresas brasileiras dizem que a prática do home office aumentou nos últimos três anos. Apesar de o aumento poder ser facilmente justificado pelos benefícios que a tecnologia vem trazendo, essa prática, que já é muito comum nos Estados Unidos e Europa, me parecia ainda pouco explorada pelos brasileiros.

O home office pode trazer muitos benefícios para os executivos, principalmente em grandes capitais como São Paulo, onde o transito está cada vez mais caótico, as horas economizadas trazem a qualidade de vida que muitos procuram. Para as empresas economias são feitas e o home office também passa a ser visto como um benefício para seus funcionários.

A principal questão da historia é: será que você consegue atuar em casa do jeito como você atua no trabalho? A disciplina é extremamente importante quando se trabalha de casa. O primeiro item básico para se trabalhar de casa é ter um espaço tranquilo e com equipamentos necessários para trabalhar durante o dia. Depois não ser interrompido pela rotina de um lar (faxina, filhos, etc.) vira também um desafio.

Porém, o principal obstáculo a ser vencido deve ser com você mesmo. Você terá que lidar com o fato de “ninguém estar olhando” e não se render a tentação dos confortos que se tem em casa. Você tem que ser forte para não cair na armadilha de deixar a produtividade cair só porque seu chefe não está com você.

Superando esses desafios acho o home office altamente recomendável e uma tendência para muitas áreas nos próximos anos. Nada deve substituir as relações humanas que o espaço físico da empresa tem, mas a liberdade que estamos conquistando com a evolução da tecnologia deve ser aproveitada.

Texto: Fernando Mantovani

quarta-feira, 13 de junho de 2012

De portas fechadas, shopping JK Iguatemi leva lojistas ao prejuízo

Daqui a uma semana, o shopping JK Iguatemi deveria comemorar dois meses de operação, tendo passado por duas das datas mais importantes para o varejo. Em vez disso, o empreendimento está prestes a completar 60 dias com a inauguração barrada pela Justiça, num cenário de prejuízo sem precedentes para lojistas.

Prevista inicialmente para 19 de abril, a abertura do shopping no cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e Nações Unidas, na capital paulista, foi proibida por liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, devido à não conclusão das obras para desafogar o trânsito na região.

Para ser concluído, o ciclo de aprovações da prefeitura depende de aval da Secretaria Municipal de Transportes (SMT). Esta aguarda os resultados de um estudo sobre o impacto no trânsito local, encomendado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A construtora WTorre, responsável pelo empreendimento juntamente com a administradora Iguatemi, argumenta que depositou os recursos exigidos para as obras, que só não saíram pela demora da Prefeitura em conceder as aprovações.

Por sua vez, os lojistas estão revoltados e reclamam de prejuízos vultosos pelos dois meses em que as lojas estão fechadas, sem contar as demissões de funcionários e coleções adquiridas seis meses antes, que ficarão encalhadas no estoque.

"O prejuízo é monstruoso... vamos ficar com a mercadoria perdida porque moda é perecível, não teremos onde vender uma coleção passada", disse à Reuters o presidente da Laep Investments, Luiz Cezar Fernandes. A Laep é controladora da boutique de luxo Daslu, que terá uma loja no JK.

O impasse fez os lojistas perderem o período de vendas de Dia das Mães e Dia dos Namorados, segunda e terceira datas mais importantes para o varejo depois do Natal.

Segundo estimativas da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), uma loja convencional vende entre 30 mil e 50 mil reais por dia. Considerando que o shopping JK é voltado principalmente às classes de renda mais altas, com grande parte do mix formado por lojas de grife, a quantia diária seria maior.

"Multiplique isso por 180 lojas fechadas... o prejuízo é muito grande", afirmou o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, que adicionou à lista de prejuízos a deterioração da imagem da maior cidade brasileira junto a investidores internacionais.

"São 30 empresas estrangeiras de primeira linha que não conseguem abrir as portas e mais de 3.600 funcionários", disse Sahyoun. "Temos a informação de que algumas delas já estão demitindo, mas o pior é a imagem negativa para São Paulo".

O shopping JK Iguatemi ganhou destaque por abrigar a chegada de cerca de 30 marcas inéditas no país, como Top Shop, Chanel Beaute, Prada e Dolce & Gabbana Tory Burch.

Em meio à demora por uma solução, as partes que se sentem prejudicadas vêm elevando o tom. A Alshop planeja manifestação em frente ao JK na próxima semana, buscando uma reunião conclusiva com o prefeito Gilberto Kassab, que não tem se pronunciado sobre o assunto.

"O problema é mais político do que técnico, não faz sentido nenhum", acrescentou o presidente da Laep.

A WTorre aguarda o Termo de Recebimento e Aceitação Parcial (Trap), emitido pela SMT, que permitiria o funcionamento do empreendimento, apesar das obras não terem sido concluídas.

Para o shopping abrir as portas, a Prefeitura exigiu a construção de um viaduto, de faixa adicional num trecho da Marginal Pinheiros, o prolongamento da ciclovia à beira do rio e uma passarela interligando a ciclovia ao Parque do Povo.

Estão pendentes a passarela e o viaduto, sendo que este último deve ser concluído em outubro. Após ter desembolsado cerca de 55 milhões de reais na primeira fase das obras, a WTorre deve gastar mais 42 milhões de reais.

Procurada pela Reuters, a SMT afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não há novidades sobre o caso, que está sob responsabilidade da CET, responsável pelo estudo sobre o impacto no trânsito local, necessário para emissão do Trap.

Se liberado, o Trap permitirá à WTorre solicitar o "Habite-se" junto à Prefeitura, que terá dez dias para liberá-lo. Só então o shopping terá permissão para entrar em funcionamento. A CET não retornou imediatamente um pedido de comentário.

"É uma vergonha do ponto de vista da gestão pública, que permitiu a construção do shopping", disse Sahyoun. "Existe má vontade em liberar o Trap, e não sei o que há por trás disso, mas o trânsito não é o problema".

O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP) divulgou recentemente um levantamento em que aponta, além do enorme prejuízo, risco de desemprego em massa e os efeitos negativos à imagem institucional do Estado e do país.

"Se não remediado a tempo, o efeito dominó poderá ser implacável não apenas para a categoria comerciária, mas para a empresarial, principalmente", assinalou o presidente do Sindilojas-SP, Ruy Nazarian.

Compensações - No início de maio, Carlos Jereissati Filho, presidente-executivo da Iguatemi, dissera que o impasse deveria ser solucionado ainda naquele mês. O cenário atual, contudo, revela lojistas contrariados e na expectativa de algum tipo de compensação, como renegociação de contratos de aluguel.

"Terá que haver uma conversa de bom nível", disse Fernandes, da Laep. "Terão de dar ao lojista alguma contrapartida".

Iguatemi e WTorre não comentaram o assunto.

Com quatro pisos de lojas e estimativa de público diário de 20 mil pessoas, o shopping JK Iguatemi tem área bruta locável de 35.246 metros quadrados e teve investimentos de 322,3 milhões de reais. O complexo conta ainda com duas torres comerciais.

 

 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Google mostra novo motor de mapas em evento em São Paulo

O Google vai aproveitar o maior evento corporativo de geotecnologia da América Latina para anunciar seu mais novo produto ao mercado local: o Google Maps Engine.

"O Google Maps Engine é a combinação de vários serviços", diz Francisco Gioielli, gerente de vendas dos produtos de geolocalização da empresa para o Mercosul.

"Ele permite, de uma maneira muito simples, armazenar mapas e arquivos cartográficos na nuvem", diz Gioielli. "Além de armazenar arquivos, ele permite visualizá-los em camadas e compartilhá-los em tempo real."

  Reprodução  
Imagem da avenida Paulista, em São Paulo, no Google Street View
Imagem da avenida Paulista, em São Paulo, no Google Street View

Para falar sobre o potencial da ferramenta, ele cita dois acordos fechados recentemente pelo Google com empresas brasileiras. "Acabamos de assinar [contrato] com a Petrobras e a Light."

Ele diz que a Light foi a primeira empresa a aproveitar o serviço no país. "Ela colocou toda a sua rede na plataforma. Agora, os funcionários podem 'levá-la' a campo, com auxílio de tablets e smartphones, e atualizar as mudanças direto da rua."

A empresa vai apresentar seu case durante o evento.

INVESTIMENTO

Para aproveitar o crescimento do mercado latino de geotecnologia, e estimulado pelo desempenho dos países da região acima da média mundial, o Google decidiu participar em peso do MundoGEO Connect Latin America 2012.

"Estaremos de forma bastante agressiva no MundoGEO", diz Francisco. "Seremos oito pessoas, sendo três estrangeiros, e teremos três iniciativas: um estande, um seminário e um workshop para desenvolvedores."

Entre os presentes, estará Clinton Libbey, diretor de mapas do Google nos EUA.

O workshop para desenvolvedores será ministrado por dois funcionários da empresa nos EUA, que virão ao Brasil só para o evento. Eles ensinarão como trabalhar com os serviços de geolocalização da empresa -Maps, Street View e Earth.

São 200 vagas, ainda não preenchidas, e a palestra terá tradução simultânea. "Dependendo da demanda, vamos tentar disponibilizar mais espaço", diz Gioielli.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Com mais aplicativos, cresce o uso do celular para operações financeiras

Para pagar a conta de luz, o estudante de direito Daniel Barreto, 24, usa o celular. Também recorre ao aparelho para transferir dinheiro e para carregar seu smartphone pré-pago com créditos.

"Não me lembro quando foi a última vez em que fui ao banco para fazer qualquer coisa que não fosse tirar dinheiro. Isso, infelizmente, ainda não dá para fazer pelo celular", brinca.

     

Daniel começou a usar os serviços de "mobile banking" no ano passado, para checar o saldo de sua conta -operação utilizada, no último trimestre de 2011, por 13% dos brasileiros que possuem um telefone celular. Hoje, no país, são mais de 245 milhões de aparelhos ativos.

No início do mesmo ano, o índice era de 7%, segundo dados divulgados neste mês pela Acision, empresa que faz pesquisas do mercado móvel. Outro estudo, da empresa TNS, diz que, de 2010 para 2011, o uso de serviços bancários pelo celular subiu 110% no Brasil.

Gustavo Roxo, ex-diretor da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e sócio da consultoria global Booz & Company, diz que é provável que esse uso continue, em média, dobrando a cada ano. "As transações feitas por celulares e tablets devem ultrapassar as operações feitas por PCs e notebooks em cinco anos", completa Roxo.

Aplicativos bancários já têm funções que usam o GPS dos telefones para localizar agências ou que reconhecem o código de barras de boletos por meio da câmera. "Em breve não haverá diferença em acessar a sua conta pelo PC ou pelo celular", diz Roxo.

Bancos como o Bradesco e o Itaú ultrapassaram, em 2012, a marca de 1 milhão de aplicativos baixados. Tanto na App Store da Apple como no Google Play (antigo Android Market), dos cinco apps mais baixados na parte gratuita da categoria de finanças, quatro são de bancos.

NÃO TEM PERIGO?

Mas, afinal, informações financeiras inseridas e visualizadas em celulares e tablets estão seguras?

De acordo com Marcos Ferreira, especialista em segurança digital da empresa TrustSign, o mobile banking é até mais seguro do que o internet banking convencional. "No PC, as pessoas estão mais distraídas e executam mais tarefas, abrem mais arquivos. Isso aumenta a chance de existir algum malware que roube seus dados bancários", avalia o técnico.

"Os problemas estão, principalmente, nos sites falsos. Por isso é importante digitar corretamente o endereço de seu banco", diz Ferreira.

"Também é essencial não acessar a conta de redes sem fio abertas, que são menos seguras, e não deixar que o sistema grave suas senhas, para não dar acesso à sua conta caso o aparelho seja perdido", completa Ferreira.

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FIQUE ESPERTO

1) Para baixar os aplicativos bancários, acesse a loja de apps em seu smartphone e busque pelo nome de seu banco;

2) Se o banco não tiver um app para seu sistema, acesse o site da instituição no navegador do celular; quase todos têm um site adaptado a dispositivos móveis, em que é possível fazer operações;

3) Alguns bancos pedem que o cliente autorize o uso do celular ou do tablet antes de permitir as operações. Procure pela opção no site ou no caixa de seu banco;

4) Não deixe que sua senha fique armazenada automaticamente no aparelho --em caso de perda ou roubo você pode ter suas informações bancárias comprometidas;

5) Todos os bancos citados acima possuem avisos via SMS, ou seja, você pode receber mensagens sobre as movimentações de sua conta ou sempre que seu cartão for usado.

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terça-feira, 5 de junho de 2012

Itaú Cultural promove “Simpósio Internacional Emoção Art.ficial 6.0″

Robôs, computadores, celulares e novas mídias tomam mais uma vez o espaço do Instituto Itaú Cultural sob diferentes formas de expressão artística. A partir do dia 31 de maio a instituição promove a sexta edição da “Bienal Internacional de Arte e Tecnologia”, com entrada Catraca Livre.

Composta por uma exposição – em cartaz até o dia dia 29 de julho – e um simpósio, o evento reúne dez obras de 13 artistas nacionais e internacionais, que fazem uso tanto de técnicas mais antigas quanto tecnologias de ponta em suas produções artísticas.

O “Simpósio Internacional Emoção Art.ficial 6.0”  neste ano tem proposta abrangente. As palestras e debates com especialistas apontam os desafios da arte digital e tecnológica, em discussões que percorrem por diferentes campos, entre eles a antropologia e psicanálise, ficção cientifica e literatura, cinema e comunicação, redes sociais e pornografia. A concepção e curadoria são assinadas pelo pesquisador Fernando Oliva.

Acompanhe abaixo a programação completa do simpósio:

Abertura: 31 de maio, às 19h30

Apresentação – Fernando Oliva e Guilherme Kujawski

Tecno-Estética: Repensando as Relações entre Arte e Tecnologia

Palestrante – Laymert Garcia dos Santos

O encontro tem como proposta questionar a ideia de inconsistência relacionadas às obras que combinam arte e tecnologias. Apresenta o conceito de tecno-estética, do filósofo Gilbert Simondon e exemplifica a problemática por meio das criações digitais do artista André Favilla e às experimentações de Leandro Lima e Gisela Motta.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

5 sites que auxiliam na hora do estudo

Ampliar o conhecimento pode acontecer além da sala de aula. Para tanto, sites interessados em proporcionar conhecimento se empenham em disponibilizar na web aulas virtuais. Veja algumas dessas iniciativas.

1. Portal Veduca

O site, criado pelo engenheiro Carlos Souza, reúne mais de 4.700 vídeo-aulas com disciplinas lecionadas em renomadas universidades. O material está divido por cursos acadêmicos e parte dele já foi traduzida para o português.  Stanford, Massachusetts Institute of Technology – MIT e muito mais integram o site.
Clique aqui e assista à aula de Introdução à Arquitetura Romana. 

2. QMágico

Disponibiliza uma parte de seus serviços para que alunos, professores e escola possam conhecer um pouco da plataforma. Através dessa, os alunos podem ver vídeos, resolver exercícios interativos e acumular pontos. As aulas são de matemática. Veja outros detalhes.

3. Mande Bem no Enen

O grupo Streamer, formado por educadores, dedica-se à educação inclusiva, capaz de ser compartilhada por todos aqueles que buscam bons resultados no exame nacional.  Saiba mais.

4. Search Education

Em inglês, o site é voltado a professores interessados em ensinar estratégias de pesquisa a seus alunos ou a usuários que querem otimizar suas buscas. Saiba mais

5. Fundação Lemann

Com vídeo-aulas didáticas, o projeto aborda diferentes disciplinas, como Biologia, Física, Química e Aritmética. Veja mais

sexta-feira, 1 de junho de 2012

TV paga chega a quase 14 milhões de lares

Nos quatro primeiros meses de 2012, 1,4 milhões de casas ou estabelecimentos comerciais assinaram o serviço de TV paga. Somente no último mês de abril foram 283,8 mil novas adesões – crescimento de 2,07% em relação ao mês de março. Com esses dados, divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil está prestes a bater a marca de 14 milhões de assinantes de TV paga.

Se forem considerados os critérios populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que os canais pagos já sejam assistidos por mais de 46 milhões de brasileiros, o que amplia a penetração e o potencial dessa mídia entre a população. A maioria da base de assinantes recebe o sinal da TV paga via satélite (57,1%), enquanto 41,4% o recebem via cabo.

Operadoras

Pelo lado das programadores de serviços de TV a cabo, a Net continua na liderança, com uma base de assinantes superior a 7,5 milhões de pessoas. A Sky/Directv ocupa a vice-liderança, com pouco mais de 4,2 milhões de assinantes. Em terceiro lugar vem a Telefônica (684 mil assinantes), seguida da Oi, com 472 mil pessoas.